11 de mai. de 2009

Um estado facista e socialista é possível?

Então, eu tava indo hoje de manhã para a PUC, onibus cheio, não necessariamente lotado como todo mundo gosta de falar, e escutando a rádio USP. Legal é que indo de onibus sempre rola um tempo para a livre reflexão, tipo o momento para pensar na vida que deixamos de ter.

Ai escutei na rádio que o Governo Paulista fez a compra de 30 cigarrometros (bafometro para detectar fumaça), e a idéia é que eles sirvam para monitorar ambientes internos onde as pessoas possívelmente façam uso do cigarro, proibido pela Lei anti-fumo. Achei um tanto exagerado e restritivo, mas tudo bem.

Ai comecei a relacionar com outros eventos recentes, que como sempre, em uma democracia de mentira como a nossa, são divulgados separadamente, de forma leve.

Lembrei que faz menos de um mês, algumas cidades do interior decretaram toque de recolher para menores, assim como lembrei da proibição da venda de bebidas alcóolicas nas estradas federais, e do cadastro positivo que está sendo votado pelo governo federal, que apesar de não ter carater restritivo direto caminha para tal. Teve a lei que rolou a algum tempo que foi a Lei cidade limpa, dentre outras leis que tem sido aprovadas com este caratér restritivo.

Em particular estas leis em sua maioria vem em meu beneficio, mas o motivo de contestação surge a partir da idéia de que as diretrizes gerais de uma ideologia facista é que se abre mão de direitos individuais em prol de garantias para o coletivo. E com isto temos cada vez menos a fomentação e debates e a formação de uma estrutura de sociedade civil orgânica.

Vejo, que com tantas proibições, surge por consequência a necessidade de se policiar o cumprimento das leis, e por consequência a necessidade de um efetivo policial militar maior, o que faz com que a policia civil, já pouco prestigiada em nosso pais passe a ter menos verba para suas operações de investigação e prevenção, incentivando a truculência da P.M.

É meio triste ver que estamos caminhando para soluções deste tipo, culpa um pouco dos antropofágos, que nos ensinaram a misturar as coisas. Pergunto eu, não é mais fácil, ao invés de comprar bafometros superfaturados, realizar blitz, entre outros tantos trabalhos gerados por leis probitivas, gerar um debate entre toda a sociedade sobre estas questões, afinal, quem compra cerveja no posto, pode estar comprando para um churrasco em um sitio, ou então, se faço uma festa somente com fumantes, qual o problema de fumar nela, são direitos individuais que estão sendo retirados.

Se pensarmos severamente, veremos que não é mais fácil punir que educar, é mais caro e muito mais complexo, mas parece que por enquanto, é esta a tática de nossos rEIS.

Uma pena! :(

1 comentários:

Ariane Dias disse...

Concordo em gênero, número, e grau. Além de estarmos falando de medidas proibitivas, estamos falando também de medidas que '' podam '' a liberdade individual, liberdade esta que, como você mesmo já citou, enriquecem a dinâmica da sociedade como estrutura de troca.

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