16 de jul. de 2009

Solidariedade a Lúcio Flávio Pinto

Já haviamos publicado neste blog um post falando sobre a questão do jornalista Lúcio Flávio Pinto e os irmãos Maiorana.

Reproduzo agora o e-mail da professora Conceição com uma proposta de ação direta em apoio ao jornalista.

Peço, que todos que tiverem blogs, ou que puderem espalhar este abaixo assinado de alguma forma pela web o façam, não podemos permitir que orgãos de imprensa legitimos sejam exterminados por conglomerados da alienação.

Segue o e-mail:

Caros todos,

Estou enviando uma nota de desagravo e solidariedade a uma das vozes mais lúcidas da Amazônia, o jornalista Lucio Flavio Pinto. É por acreditar que apenas uma esfera pública realmente democrática pode mudar o triste destino a que a Amazônia parece condenada, sempre a mercê dos interesses de poderosos pouco ou nada comprometidos com a região, é que envio este email.

Leiam e, se concordarem, peço que atuem das seguintes formas:
  1. Enviem um email para adm.aalfp@gmail.com com suas assinaturas OU entrem direto no blog http://solidariedadelucioflaviopinto.blogspot.com/ e deixem um comentário com o nome, RG e profissão de vcs.
  2. No dia 22/7, próxima quarta, enviar quantas msgs puder para o presidente do TJ-PA, o desembargador Rômulo José Ferreira Nunes: des.romulo.nunes@tj.pa.gov.br e do fale conosco do Portal Maiorana (http://www.orm.com.br/) com mensagens de protesto.

Obrigada, forte abraço,
Conceição



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ABAIXO-ASSINADO EM APOIO
AO JORNALISTA PARAENSE LÚCIO FLÁVIO PINTO

OBJETO
O repórter e editor do Jornal Pessoal, de Belém do Pará, Lúcio Flávio Pinto, foi condenado pelo juiz Raimundo das Chagas Filho, da 4ª Vara Cível da capital, a pagar uma indenização de R$ 30 mil aos irmãos Romulo Maiorana Júnior e Ronaldo Maiorana, proprietários das Organizações Romulo Maiorana, uma das empresas de comunicação mais influentes da Região Norte, cuja emisssora de TV é afiliada à Rede Globo. A sentença, expedida no último dia 6 de junho de 2009, refere-se a uma das quatro ações indenizatórias movidas pelos irmãos contra o jornalista que, em 2005, publicou artigo em um livro organizado pelo jornalista italiano Maurizio Chierici, depois reproduzido no Jornal Pessoal, no qual abordava as atividades de contrabandista do fundador das ORM, Romulo Maiorana, nos anos de 1950, o qu e teria motivado a ação, pois os irmãos consideraram ofensivo o tratamento dispensado à memória do pai. Além da indenização por supostos danos morais, o juiz ainda obriga o jornalista a não mais referir-se aos irmãos em
seus próximos artigos.

Lúcio Flávio Pinto, de 59 anos, em quatro décadas de jornalismo é um dos profissionais mais respeitados no Brasil e no exterior. Seu Jornal Pessoal resiste, de forma alternativa, há 22 anos, sem aceitar patrocínio ou anúncios, garantindo a independência de seu editor frente aos temas públicos do Pará, sobretudo na seara política. Por sua atuação intransigente frente aos desmandos políticos, às injustiças sociais e ao desrespeito aos direitos humanos, recebeu
prêmios internacionais importantes: em 1997, em Roma, o prêmio Colombe d’oro per La Pace; e em 2005, em Nova Iorque, o prêmio anual do CPJ (Comittee for Jornalists Protection). Além disso, é premiado com vários Esso. É também autor de 14 livros, tendo como tema central a Amazônia, sendo os mais recentes “Contra o Poder”, “Memória do Cotidiano” e “Amazônia Sangrada (de FHC a Lula)”. Esse fato demonstra o que significa fazer jornalismo de verdade na capital do Pará: uma condenação.

Por isso, nós, abaixo-assinados, solidarizamo-nos com Lúcio Flávio Pinto, pedindo a revisão de sua condenação em nome da democracia e da liberdade de pensamento.

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