26 de out. de 2009

Consumo de mídia: se vc tem mais de 30 anos, pode ser comparado a um dinossauro.

O mundo publicitário sempre foi e será esquizofrênico. Para quem trabalha no mercado de comunicação ou é docente dessa área e tem mais de 30 anos, sem dúvida todas as "novas" tecnologias se configuram em desafios gigantescos. Ao contrário do que divulgam as propagandas dos aparelhos tecnológicos, passar o corpo e a mente humana do analógico para o digital é mais lento e sofrido do que a propaganda insiste em mostrar. Twitar, blogar, ou skypear são verbos tão confortáveis quando dormir em cama de prego para quem cresceu sem celular, ouvindo histórias orais, vendo TV e lendo livros. Não que não dê para se adaptar, mas essa adaptação exige esforço, não é natural. Como a recente pesquisa do Ibope sobre consumo de mídia mostrou, o contrário existe pois para a faixa etária de dez a 17 anos, o computador com acesso a internet é o aparelho mais relevante (com 82% no ranking de prioridade), seguido pela TV (65%) e telefone celular (60%). Dos 18 aos 24 nos, o líder do ranking passa a ser o telefone celular (78%), com computador ligado à rede (72%) e TV (69%) em sequência, o que tem pequenas diferenças em relação ao próximo grupo, dos 25 aos 34: celular (81%), TV (73%) e computador (65%). Na média geral da população, a TV fica na liderança da pesquisa, com77% de preferência.

E todas as campanhas atualmente parecem ser focada para jovens, mesmo os que tem 60 anos são mostrados como se 20 tivessem, e é pecado falar em mídias tradicionais. Tomara q esse boom da novidade passe logo para q possamos ver as coisas com mais clareza e perceber qual a real capacidade das novas mídias de comunicar e persuadir. Enquanto isso, é melhor por as barbas de molho (conelho para quem tem mais de 30 anos, naturalmente).

2 comentários:

Murilo disse...

Gostei do post, Con. Eu converso esse assutno em família por vez ou outra, é engraçado.

Abraço.

Reginaldo Nepomuceno disse...

Já perdi a conta de quantas vezes tive que usar analogias com a vida offline pra explicar fenômenos online para minha mãe.
Na mais recente, sobre o Twitter, disse que a ferramenta é como "um bando de gente falando na rua (usuários), onde alguns vendem seu peixe (perfis institucionais) e outros só falam asneiras (fakes, mimimi, etc), e vc presta atenção (ou segue) quem achar mais interessante (ou relevante). A integração com um site ou blog seria equivalente a chegar em casa (casa = site ou blog) e contar o que viu na rua para quem está na sala (= home page).

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