10 de dez. de 2009

Piores Empresas 2009

Esse post foi um toque do Murilo.

No primeiro dia da Conferência de Copenhage (Cop–15), mobilização global para a mudança climática, a Consumers International (CI) divulga o “Prêmio Piores Empresas 2009”, exclusivamente sobre a publicidade enganosa de algumas empresas para defender suas prática ecológicas.

Realizado pelo terceiro ano consecutivo, a comunidade internacional contou com a indicação das 220 organizações membros, de 115 países, das quais o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) faz parte, para a análise em nível mundial. As empresas Audi, BP, EasyJet, Microsoft e CO2 is Green foram “premiadas” por exagerar nas informações em publicidade socioambiental. Vídeos das campanhas e categorização dos prêmios em: www.consumidoresint.org


O objetivo da “premiação” da CI, em meio às atuais negociações sobre o clima, é alertar para a emergência de credenciais ecológicas corretas, a fim de defender o direito do consumidor à informação confiável e veraz, sobre o impacto ambiental de produtos e serviços, para favorecer o consumo responsável.

O Idec, representante da CI no Brasil, auxilia para que a organização faça campanhas em favor dos consumidores, no mundo todo. Segundo Lisa Gunn, coordenadora-executiva do Idec, é fundamental também incentivar o papel do consumidor dentro do plano de ações de cada país, empresa, ou indivíduo, para o combate ao aquecimento global.

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29 de nov. de 2009

Obesidade infantil e publicidade de alimentos para crianças são tema de livro do CONAR

Hoje estava zapeando a TV quando encontrei na Globo News um programa especial sobre o 31o prêmio profissionais do ano e um debate com a Monica Waldivogel e 3 publicitários, um representante do CONAR, um da ABAP e um representante da criação. Eles discutiram sobre os limites éticos da propaganda e a questão da censura. Os três defenderam a liberdade de expressão comercial, citando uma vitória parcial do setor com o recente parecer da AGU contra as restrições que a ANVISA queria impor a propaganda de medicamentos. A crescente tendência restritiva do governo em relação a propaganda comercial é louvável em alguns casos. Sobretudo no que tange a comerciais voltadas ao público infantil. Daí a importância de obter e ler o livro que o CONAR está lançando, "O fator publicidade de alimentos e refrigerantes e sua relação com a obesidade - Produtos seguros, alimentação balanceada, atividade física e informação: a dieta do Conar", que defende outra posição. Somente nos informando sobre os diferentes pontos de vista poderemos chegar a uma opinião sobre esse tema controverso. Este livro deveria integrar a bibliografia básica dos cursos de Publicidade porque boa parte dos alunos do curso tem pouca ou nenhuma informação sobre o importante papel do CONAR e menos ainda sobre os limites éticos desta profissão.

A organização de texto do livro é de Rafael Sampaio. Exemplares podem ser solicitados pelo e-mail conar@conar.org.br.
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23 de nov. de 2009

Por quê ?

Há vários comerciais em que não consigo ver o porquê do uso de alguns elementos. Um caso recente com o qual tenho quebrado a cuca é o da JWT para o Listerine Whitening. Além de achar que se o comercial pretendia ser engraçado, os criativos deveriam ter pensando sobre o fato de ser uma piada interna. Eu não consigo entender porque usaram como cenário uma cópia do cenário do belíssimo clipe do Daft Punk para "Around the world", dirigido pelo Michel Gondry.




Não achei nenhum link no youtube do clipe que desse pra postar aqui, todos bloqueados. Então segue o link de lá:

Daft Punk - Around the world

Alguém entende ? Ou foi só uma viagem (ao redor do mundo) ?

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17 de nov. de 2009

Até onde vai o cinismo de um anúncio imobiliário?

Hoje na Folha de S. Paulo há um comentário lúcido e muito bem escrito pela profa. Noemi Jaffe da pós em teoria literária da PUC-SP sobre um certo anúncio imobiliário recente. Seria interessante se pudéssemos ter acesso a esse anúncio, mas a descrição dele já vale para entendermos o contexto.

O cinismo ganha campo, por Noemi Jaffe
NO FINAL do século 18, Goethe escrevia, no poema "Hermann e Dorothea": "(...) O peito mais livre bateu com pulsações mais puras,/ Quando despontou o primeiro brilho do novo Sol,/ Quando se ouviu falar dos direitos humanos, a todos comuns,/ Da liberdade entusiástica e da louvável igualdade!/ Cada um esperou então viver a si mesmo (...)".
Em novembro de 2009, no aniversário de 20 anos da queda do Muro de Berlim, lê-se, em anúncio de uma grande empresa imobiliária: "Revoluções não nascem com este nome. Elas começam com um pequeno grupo de pessoas que ousam imaginar um mundo diferente do passado. Pessoas que se recusam a permanecer confinadas dentro dos muros das velhas verdades. (...) Na web, todos saímos da plateia e viramos atores. É o fim do reinado do para todos e o início da república do cada um. O fim dos clichês. O fim da média. O fim da solução-universal-para-todos. Só os imóveis se esqueceram de mudar".
O anúncio continua, apregoando que os novos imóveis de sua incorporadora permitem arranjos individualizados, como um grande home theater, um banho "comme il faut", um "piano na sala e um ofurô no quintal".
A frase final, em tom grandiloquente, garante ao leitor esta possibilidade: "Você já pode viver na sua época".
O que teria acontecido desde "a liberdade entusiástica" e do "cada um esperou viver a si mesmo" de Goethe até "o fim do reinado de todos e o início da república do cada um" e "do banho "comme il faut'" do anúncio imobiliário? O que teria acontecido para que os princípios da revolução burguesa se transformassem em anúncio de caros apartamentos?
O fenômeno linguístico e filosófico (em que subjaz, como sempre, um forte aparato ideológico) que permite essa apropriação de um princípio ético por um princípio que o contraria (aético e, nesse caso, exclusivamente lucrativo) é um velho conhecido: chama-se cinismo. Uma distorção que faz com que a vantagem econômica de muito poucos, para muito poucos, com muito poucos, seja semanticamente disfarçada de derrocada do reinado de todos e de vitória da república do cada um.
Tudo se distorce nesta formulação: o que seria para todos, ou seja, a democracia, passa a ser chamado de reinado. E o que seria o corolário do individualismo passa a ser considerado república.
Para começar, não pode haver, etimologicamente, república do cada um. A república, como o nome diz, é a coisa pública, algo que os apartamentos caros reconfiguráveis "comme il faut" certamente não são.
O artigo "o", contido na expressão "do cada um", também é revelador.
Como se a preposição "de", sozinha, sem o artigo, não fosse suficiente para designar a singularidade e a liberdade que os indivíduos agora possuem de fazer suas próprias revoluções, com seus home theaters gigantes e seus ofurôs no quintal. Não é mais "de" cada um, é "do" cada um.
A revolução agora é destruir os muros dos reinados de todos. Esse "reinado" -também empregado falaciosamente- seria o das verdades totalizantes. "Para todos" virou sinônimo de clichê, de média, e seria, inversamente, uma ação coercitiva. Personalizar apartamentos, sim, é que seria agora a nossa liberdade revolucionária, em parte concedida pela web, que nos transforma de plateia em atores.
O cinismo ainda não é um fenômeno irreversível, alastrado irreversivelmente por toda a sociedade. Existem muitas possibilidades e espaços de inteligência ativa. Mas a distorção, principalmente linguística, está presente -e é preciso dar-se conta dela.
O cinismo penetra capciosamente pelas brechas da língua, das imagens e do dia a dia e, quando percebemos, estamos usando a mais nova marca de sabão em pó porque ela nos liberta da massificação.
Algo muito nocivo acontece quando os conceitos podem ser distorcidos com essa facilidade, nessa extensão e com esse grau de difusão. Quando o espantoso não espanta mais, é preciso, com urgência, reler Goethe.


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16 de nov. de 2009

Quem vigia David Ogilvy?


"Pessoalmente, tenho paixão por paisagens, e nunca vi nenhuma ser melhorada por um outdoor. Em todo panorama agradável o homem manifesta seu lado mais desprezível quando ergue um cartaz. Quando me aposentar da Madison Avenue, fundarei uma sociedade secreta de vigilantes mascarados que viajarão pelo mundo em silenciosas bicicletas motorizadas, arrancando pôsteres á luz tênue da lua. Quantos júris nos condenarão quando formos apanhados nesses atos de cidadania beneficente?"

David Ogilvy, fundador da agência de publicidade Ogilvy & Mather,
em Confessions of an Advertising Man, 1963

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15 de nov. de 2009

Agências protestam contra censura no Estadão


Há mais de cem dias, o jornal Estadão está submetido a censura pela família Sarney, que impede que sejam divulgados dados sobre investigação que envolve o filho do senador José Sarney. A partir de uma proposta do jornal Propaganda & Marketing, as agências Africa, AlmapBBDO, F/Nazca S&S, NBS, Talent, Y&R e W/ foram convidadas a criar anúncios que protestam contra essa censura.


A Y&R, agência do Estadão, fez anúncio que divulga o movimento criado na internet censuranuncamais.com. O blog é de Arthur Soares, do planejamento. Cerca de 4.500 pessoas aderiram ao movimento, entre eles famosos como Marcos Mion e Marcelo Tas.

Alexandre Gama, da Neogama BBH, não só aderiu como resolveu ir mais longe e propõe no seu anúncio uma lista de adesão que seja enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) que está para julgar o caso. “Acho que, mais do que um exercício solo de criação, temos que mobilizar a comunidade contra a passividade diante de situações como essa”. Por isso, o seu anúncio remete ao hot site www.censuranao.com.br. Aliás, uma descoberta o surpreedeu: o termo “censura não” sequer tinha registro no Brasil.

Lindenberg, da Leo Burnett, criou um título riscado, como tivesse sido censurado e abaixo um código de realidade aumentada e a informação (foto acima). Acesse www.leoburnett.com.br/censura e mostre este anúncio para sua webcam. Quando o leitor aproxima o anúncio da webcam ele lê o título que estava riscado: "Tentar censurar informação nos dias de hoje é uma atitude tão burra quanto a própria censura. A Leo Burnett é contra a censura. Não deixar o Estadão falar é não deixar a gente ouvir."

“A ideia é simples, as pessoas podem colocar uma tarja no seu avatar no Twitter, em referência à censura”, contou Marco Versolato, vice-presidente de criação da Y&R. No anúncio, aparecem fotos de funcionários da Y&R com uma tarja sobre os olhos. O texto diz: “A censura está ameaçando voltar. Proteste. Coloque a tarja no seu twitter censuranuncamais.com. A Y&R apoia este movimento”.

A peça da NBS traz a imagem de um alto-falante e fotos pequenas de líderes mundias como Nelson Mandela e o Dalai Lama e a frase: “Você tem o direito de não permanecer calado”. “A ideia é mostrar que a liberdade de expressão é a soma de várias vozes e que essas pessoas amplificaram com suas histórias de vida e posturas a nossa liberdade de expressão”, falou Cassio Faraco, diretor de criação da NBS São Paulo, criador da peça junto com Darcy Fonseca, Gustavo Vilela e Guilherme Almeida que tem direção de criação de Pedro Feyer e André Lima.

A peça da AlmapBBDO, criada por Manoel Zanzotti, Fred Sekkel e Carlos Garcia, retrata com precisão a situação. O texto diz: “Librdade de exprssão (isso mesmo, sem as vogais). Cuidado, às vezes, começam a tirar e você nem percebe”. “É algo sutil, eu acho que o anúncio reflete o que estamos passando hoje, em que as coisas vão acontecendo de forma sutil e podem aumentar de uma hora para outra”, disse Zanzotti.

O anúncio da Talent assina com a seguinte frase: “Quem perde a liberdade de imprensa não perde só a liberdade de imprensa”. “A gente tentou dizer que a liberdade de imprensa tem um efeito direto na vida das pessoas”, disse Fábio Rodrigues, diretor de arte da Talent, que criou a peça junto com Igo Oliva.

A W/ foi original e desenhou dois bigodes, que de certa forma se tornaram ícones da crise. De um lado, aparece o bigodão que representa Sarney e do outro um bigodinho, em referência a Adolph Hitler, ditador da Alemanha. O conceito é: “A censura revela semelhanças perigosas entre os que a praticam. W/ pela liberdade de expressão sempre”. A criação é de Eiji Kozaka e Marcelo Conde, com direção de criação de Washington Olivetto.

De nossa parte, gostaria de conseguir as imagens de todos os anúncios, pois não os encontrei nos sites do Estadão, nem no do Propaganda & Marketing. Mas dos anúncios descritos nas reportagens, achei a ideia da Almap a mais criativa, e a da Neogama a mais persuasiva porque leva a uma ação concreta no hot site da campanha.



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14 de nov. de 2009

Por que tudo começa na infância.

Vi há pouco, nessa notícia da Folha Online, que a revista da personagem Tina, de Maurício de Sousa, mostrará pela primeira vez uma personagem homossexual nas histórias para o público infantil.


Não sei dizer se as crianças de hoje em dia tem o mesmo hábito de leitura das histórias de Maurício de Sousa como quando eu era menor, mas por ser um amante da nona arte e acreditar na força que entretenimento tem na formação de indivíduos, fico feliz que enfim esteja sendo abordado um tema tão óbvio quanto a homossexualidade.

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12 de nov. de 2009

Olympikus e uma resposta à altura para a Nike

Depois de ver o comercial um tanto exagerado da Nike e sua repercussão dentro e fora do Publizität, imediatamente lembrei da campanha da Olympikus. Talvez as motivações dos gringos para esportes sejam muito diferentes das nossas, mas o vídeo abaixo realmente fala com esportistas, e não com fãs de filmes do Michael Bay.



Bom, vou deixar que vocês tirem suas próprias conclusões. Antes de mais nada, este não é um post pago, mas por via das dúvidas meu número é 41.

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11 de nov. de 2009

A CPI do apagão

Depois de passar o dia todo ouvindo "Nossa, você viu o apagão ontem?" no ônibus, no trabalho e até em uma conversa entre cegos (contra o pleonasmo, use o sarcasmo), finalmente cheguei em casa a tempo de ver a repercussão do caso nos telejornais e na internet. E olha que o incêndio no circo ainda está começando...

O Jornal Nacional dedicou mais da metade do horário para mostrar sua cobertura sobre o apagão. Só em grandes acontecimentos como este é possível ver o poderio dao Vênus Platinada: em poucas horas mandaram dezenas de equipes para acompanhar o que aconteceu em hospitais, delegacias, estações de trem e nas ruas das principais cidades atingidas. As outras emissoras também fizeram o mesmo, ainda que em menor escala.

Por falar em repórteres, nunca vi tantos novatos em tão pouco tempo. Isso demonstra a estrutura das emissoras em situações como essa. Só não posso dizer o mesmo do governo, que levou horas para identificar e divulgar as causas do apagão. Agora vem a parte mais interessante da história: Enquanto o assunto cai na boca do povo, Itaberá (cidadezinha no interior de SP onde supostamente ocorreu o curto circuito que gerou o apagão) ganha um lugar no mapa e surgirá um exército de "especialistas" apontando culpados e dando soluções que até então só eles sabiam. As Vossas Excelências vão aproveitar o momento pra armar algum escândalo e, quem sabe, criar uma CPI para apurar as causas do apagão. Principalmente agora que vai dar pra esquentar a pizza no microondas, já que a energia voltou.

São Paulo ontem à noite. Ou será que era o Rio de Janeiro?


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A Nike e o apagão: O dia depois de ontem

Recebi hoje de manhã via twitter do @pergunteaourso o seguinte vídeo da Nike:


Passa longe da minha cabeça ser o cara chatão que contesta e critica tudo, mas fiz a seguinte reflexão.


Será que quando a Nike faz vídeos como este, ressaltando a grandiosidade de um Nike, grandiosidade por sinal até relacionada ao seu nome de origem, (Nike: Niké: Deusa da Vitória), apesar de ser uma estratégia que convence da qualidade do produto ela não vai contra a onda do planeta em pensar mais no impacto de nossas ações para tornar nossa sociedade sustentável?

Será mesmo que após o apagão de ontem um Nike em meus pés me faria sair correndo e dizer bom dia para todos? me fariam olhar o caos gerado por serviços como a falta de transporte sobre trilhos, falta de energia para alimentar a base da dados da policia, falta de energia nos hospitais, falta de energia nos supermercados, falta de energia para me comunicar com vocês agora como uma girafa, que olha no topo das arvores e não vê o que acontece nos seus pés?

Olha, me digam o que acham, por que to morrendo de vontade de comprar um Nike e esquecer do mundo todo. Se me disserem que é isto tudo mesmo, nem penso duas vezes, compro um mesmo que parcelado em 10 vezes no cartão de crédito.


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10 de nov. de 2009

Evento Gratuito discute a Amazônia no Memorial da América Latina



Mais um evento sobre a Amazônia. Mas este está com uma programação bem interessante e vale a inscrição de quem se interessa pelo tema. Espera-se que o jornalista Lúcio Flávio consiga vir, apesar da perseguição judicial que sofre.

Programa
16 de novembro
09:00 – 10:00 Abertura (Autoridades) e Conferência Inaugural (Bertha Becker)
10:00 – 13:00 Mesa 1: Diversidade Sócio-cultural e Integração Sul-americana
Coordenação: Maria Manuela Carneiro da Cunha (Univ. Chicago) / Francisco Pyianko
• Adalberto Veríssimo (Imazon)
• Adriana Ramos (Instituto Socioambiental);
• Ana Valéria Araújo (Fundo Brasil de Direitos Humanos)
• Elaine Elisabetsky (UFRGS)
• Margarita Benavides (Instituto del Bien Común - Peru);

13:00 – 15:00 Almoço
15:00–18:00 Mesa2:Amazônia: Desafio Científico e Tecnológico para o Século XXI
Coordenação: Adalberto Val (INPA) / Carlos Nobre (INPE)
• Guilherme Leal (Natura)
• Jorge Almeida Guimarães (CAPES)
• Luciano Coutinho (BNDES)
• Luz Marina Mantilla (Instituto Amazônico de Investigaciones Científicas - Colômbia)
• Sergio Machado Rezende (Ministério da Ciência e Tecnologia)

17 de novembro
9:00 – 12:00 Mesa 3: Ciência, Tecnologia e Inovação como Motores de um Novo Modelo de Desenvolvimento para a Amazônia
Coordenação: Roberto Dall’Agnol (UFPA) / Ima Vieira (Goeldi)
• Fabio Scarano (UFRJ)
• Lúcio Flávio Pinto (Jornal Pessoal)
• Maurílio Monteiro (Secretaria de Desenvolvimento Ciência e Tecnologia do Pará)
• Roberto Waack (AMATA S.A.)
12:00 – 14:00 Almoço
14:00 – 17:00

Mesa 4: Arranjos Multilaterais e Dimensões Estratégicas da Integração Sul-Americana
Coordenação: Bertha Becker (UFRJ) / Tatiana Sá (Embrapa)
• Lia Osório Machado (UFRJ)
• Manuel Picasso (Organização do Tratado de Cooperação Amazônica)
• Mauro Marcondes Rodrigues (Banco Interamericano de Desenvolvimento)
• Wanderley Messias da Costa (USP)

17:00 – 18:00 Conferência de Encerramento

Para se inscrever gratuitamente, clique aqui.


Informações
E-mail: eventoscbeal@memorial.sp.gov.br
Tel.: (11) 3823-4780
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9 de nov. de 2009

A Queda da Uniban - Hitler

Postaram ontem no YouTube mais uma paródia do filme A Queda. Desta vez, o ditador discursa sobre o caso da aluna hostilizada na Uniban.
Veja o vídeo:



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5 de nov. de 2009

Tédio no intervalo

Sempre que assisto TV, só vejo comerciais por conta da faculdade, porque eles estão cada vez mais chatos e técnicos ou na produção audiovisual ou na criação, mais preocupada com vendas do que com a própria campanha. É comum vermos campanhas mal resolvidas, mal estruturadas, mas que por frequência acabam alcançando um número satisfatório de compras. Várias promessas são extremamente pretenciosas: o carro mais arrojado do mundo, a melhor salsicha da sua vida, um objeto que mudará seus dias para todo o sempre.
Eis que me deparo, na internet, com uma campanha "despretenciosa". Técnica, sim, pois transformou o problema da empresa em solução criativa e imagino, a pouca verba, em baixa produção. Mas os anúncios são divertidos.









Matéria no M&M Online

Não achei a ficha técnica inteira, mas a "
direção de criação de Gustavo Bastos, a produtora é a Proview, sob direção de cena de José Rubens Hilu."


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3 de nov. de 2009

Propagandas apelativas: mau-gosto ou vanguarda?

Não é a primeira vez que vemos uma peça contendo elementos considerados pela maioria das pessoas como de mau-gosto, repugnantes ou inadequados, certo? Principalmente na era da internet, onde somos expostos diariamente a cenas pesadas vindas de todo o mundo, nos mais diferentes contextos.

Se é assim, alguém pode me dizer porque as peças abaixo (divulgadas no Ads of the World) ainda me deixam na dúvida se este recurso é excessivamente apelativo ou apenas fruto de uma mente à frente de nosso tempo, capaz de gerar lucro com a repulsa do consumidor?

Ramorama: Expose yourself, 1
Advertising Agency: Ogilvy Brasil, Sao Paulo, Brazil
Art Director: Fernando Reis
Copywriter: Marcelo Padoca
Photographer: Zarella Neto


Ramorama: Expose yourself, 2
Advertising Agency: Ogilvy Brasil, Sao Paulo, Brazil
Art Director: Fernando Reis
Copywriter: Marcelo Padoca
Photographer: Zarella Neto


Superette: Fence
Advertising Agency: DDB New Zealand
Executive Creative Director: Toby Talbot
Creative Director: Adam Kanzer
Art Director: James Conner
Photographer: Charles Howells
Copywriter: Christie Cooper
Account Director: Jenny Travers
Account Executive: Mikey Richardson


Superette: Fence
Advertising Agency: DDB New Zealand
Executive Creative Director: Toby Talbot
Creative Director: Adam Kanzer
Art Director: James Conner
Photographer: Charles Howells
Copywriter: Christie Cooper
Account Director: Jenny Travers
Account Executive: Mikey Richardson


Superette: Elevator
Advertising Agency: DDB New Zealand
Executive Creative Director: Toby Talbot
Creative Director: Adam Kanzer
Art Director: James Conner
Photographer: Charles Howells
Copywriter: Christie Cooper
Account Director: Jenny Travers
Account Executive: Mikey Richardson


Sarti Tailors: 09 Collection, Cafe
Advertising Agency: JWT, Melbourne, Australia
Executive Creative Director: Richard Muntz
Creative Director: Keith Nicolas
Creatives: James Orr, Harsh Kapadia, Chris Andrews, Carly Williams
Photographer: Chris Tovo
Retoucher: Todd Riddiford
Production Agency: CI Studios
Agency Producer: Michael Ball, Emma Donaldson
Account Director: Nicholas Brown
Published: 2009


Sarti Tailors: 09 Collection, Pavement
Advertising Agency: JWT, Melbourne, Australia
Executive Creative Director: Richard Muntz
Creative Director: Keith Nicolas
Creatives: James Orr, Harsh Kapadia, Chris Andrews, Carly Williams
Photographer: Chris Tovo
Retoucher: Todd Riddiford
Production Agency: CI Studios
Agency Producer: Michael Ball, Emma Donaldson
Account Director: Nicholas Brown
Published: 2009

Sarti Tailors: 09 Collection, Car
Advertising Agency: JWT, Melbourne, Australia
Executive Creative Director: Richard Muntz
Creative Director: Keith Nicolas
Creatives: James Orr, Harsh Kapadia, Chris Andrews, Carly Williams
Photographer: Chris Tovo
Retoucher: Todd Riddiford
Production Agency: CI Studios
Agency Producer: Michael Ball, Emma Donaldson
Account Director: Nicholas Brown
Published: 2009

Comparadas com as outras, as duas peças da Ramorama são até mais leves, por tentarem tratar da identidade pessoal. Já as outras usam um conceito bastante explorado (até demais) pela indústria da moda: dresses you'd love to be caught dead in, ou roupas que você amaria usar ao ser encontrado morto. As últimas, da Sarti Tailors, ainda fazem um trocadilho (bem gasto, também) com a estação: Fall = Outono = queda das folhas das árvores.

Que isso vende, tenho minhas dúvidas. Pode servir pra chamar a atenção, da mesma forma que as ações do Greenpeace, WWF ou o PETA. Mas será que este tipo de comunicação realmente atinge os objetivos da empresa ou ONG?

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São Paulo antes da Lei Cidade Limpa


Em dezembro de 2006 a Prefeitura de São Paulo instaurou a Lei “Cidade Limpa” que praticamente eliminou a publicidade das vias públicas da cidade, nas áreas externas dos estabelecimentos comerciais e em edifícios. O intuito do projeto foi acabar com a poluição visual da Capital. Na prática, só em abril de 2007, quando todos os prazos para adaptação à Lei terminaram, São Paulo começou a ter uma nova cara. O repórter fotográfico Hélvio Romero da equipe do ‘Estado’, nos anos que antecederam a “Cidade Limpa”, fotografou os outdoors e murais gigantes da cidade entre uma pauta e outra. As imagens captadas, hoje fazem parte de uma São Paulo, porque não dizer, do passado.

Vale a pena ver as fotos para perceber que a lei teve mais efeito eleitoreiro do q urbanístico pois as imagens publicitárias estão mimetizadas na paisagem paulistana. Mas o que ninguém comenta é sobre as milhares de pessoas que perderam seus negócios e seus empregos por causa da lei. Para ver as fotos, clique aqui.
. Fonte: Estadão.


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2 de nov. de 2009

Golpistas que veiculam anúncios maliciosos conhecem setor publicitário

Sites da Gawker Media, entre os quais o Gizmodo, segundo maior blog do mundo, veicularam nesta semana um anúncio malicioso que ofertava um antivírus fraudulento. Para conseguir emplacar a peça, os criminosos se passaram por representantes da Suzuki. As negociações para a venda do anúncio revelam que os golpistas dispõem de extenso conhecimento do mercado publicitário.



Todos os e-mails trocados entre a Gawker e os criminosos foram publicados pelo site Business Insider. O interesse pela veiculação de anúncios da 'Suzuki' veio de um 'George Delarosa', que trabalharia para uma empresa de comunicação chamada Spark Communications. Delarosa, que ainda informava um número de telefone e um nome de usuário Skype, informa que sua empresa faz parte de um grupo 'com mais de 110 escritórios em 67 países'.

Além do inglês impecável, o golpista ainda fazia um uso perfeito do jargão publicitário. Para o funcionário da Gawker Media que compartilhou as mensagens, o criminoso deve ter alguma experiência no mercado de publicidade on-line para conseguir demonstrar familiaridade com termos específicos da área e conhecimento dos padrões da indústria, como banners IAB.

Além do Gizmodo, vários outros sites da Gawker Media, como o Jalopnick, sobre automóveis, e o Lifehacker, sobre produtividade, também veicularam os banners maliciosos.

No mês passado, o site do jornal New York Times foi alvo de um golpe semelhante. Anúncios maliciosos ou infectados já circularam também em sites de redes sociais, como MySpace. A diversidade de fontes dos anúncios, que muitas vezes chegam de agências, dificulta a fiscalização do conteúdo pelos donos de websites. A prática já ganhou termo próprio: 'malvertising', de 'malicious advertising' (em inglês, publicidade maliciosa).

Em alguns casos, os anúncios maliciosos são programados para exibirem seu conteúdo real apenas a internautas de um determinado país ou região. Como a equipe de vendas de publicidade é geralmente fixa, eles não poderão perceber o problema.
Ou seja, melhor os sites que veiculam publicidade on-line criarem urgentemente um método de rastreamento de anunciantes, pois se até de dentro da DM9 saiu aquele anúncio desastroso das torres gêmeas, que dirá do mercado como um todo?

FOnte: G1


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29 de out. de 2009

Será possivel realmente democratizar o poder com as novas tecnologias participativas?

A resposta é milhões de vezes sim segundo os filmes do US NOW (São 7 partes que têm de 1 a 10 min.cada uma). De minha parte, acho a chamada extremamente persuasiva, primeiro por ser uma iniciativa desse coletivo de pessoas e não de governos, ONGs ou empresas. Segundo pela linguagem ágil e bem construida que passa a mensagem com clareza. E sobretudo porque pela primeira vez um filme foca claramente a capacidade cidadã das novas mídias, ao possibilitar inclusive uma governança direta, em que cada cidadão possa participar e votar nas decisões de governo. Ao eleger o Poder por tema, esse filme pode e deve se disseminar (inclusive entre as pessoas de mais de 30 anos).

Leia o abstract deles em inglês:
A film project about the power of mass collaboration, government and
the internet

http://www.usnowfilm.com/

In a world in which information is like air, what happens to power?

New technologies and a closely related culture of collaboration
present radical new models of social organisation. This project brings
together leading practitioners and thinkers in this field and asks
them to determine the opportunity for government.
This website features all material being created during the making of the film.

Licenciado sob CC-by-SA.



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26 de out. de 2009

Consumo de mídia: se vc tem mais de 30 anos, pode ser comparado a um dinossauro.

O mundo publicitário sempre foi e será esquizofrênico. Para quem trabalha no mercado de comunicação ou é docente dessa área e tem mais de 30 anos, sem dúvida todas as "novas" tecnologias se configuram em desafios gigantescos. Ao contrário do que divulgam as propagandas dos aparelhos tecnológicos, passar o corpo e a mente humana do analógico para o digital é mais lento e sofrido do que a propaganda insiste em mostrar. Twitar, blogar, ou skypear são verbos tão confortáveis quando dormir em cama de prego para quem cresceu sem celular, ouvindo histórias orais, vendo TV e lendo livros. Não que não dê para se adaptar, mas essa adaptação exige esforço, não é natural. Como a recente pesquisa do Ibope sobre consumo de mídia mostrou, o contrário existe pois para a faixa etária de dez a 17 anos, o computador com acesso a internet é o aparelho mais relevante (com 82% no ranking de prioridade), seguido pela TV (65%) e telefone celular (60%). Dos 18 aos 24 nos, o líder do ranking passa a ser o telefone celular (78%), com computador ligado à rede (72%) e TV (69%) em sequência, o que tem pequenas diferenças em relação ao próximo grupo, dos 25 aos 34: celular (81%), TV (73%) e computador (65%). Na média geral da população, a TV fica na liderança da pesquisa, com77% de preferência.

E todas as campanhas atualmente parecem ser focada para jovens, mesmo os que tem 60 anos são mostrados como se 20 tivessem, e é pecado falar em mídias tradicionais. Tomara q esse boom da novidade passe logo para q possamos ver as coisas com mais clareza e perceber qual a real capacidade das novas mídias de comunicar e persuadir. Enquanto isso, é melhor por as barbas de molho (conelho para quem tem mais de 30 anos, naturalmente).

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23 de out. de 2009

200 posts... e contando!

Olá, pessoal!

O dia de hoje merece comemoração: Este é o post nº 200 do Publizität!

Obrigado a todos os visitantes e blogueiros que contribuíram para atingir este número. Isto é fruto de uma ideia que teve início nos corredores e salas da PUC-SP ainda em 2008, da qual tive a honra de participar.

Mas isso não quer dizer que nosso trabalho para por aí. Ainda há muito o que aprender, e esperamos que este blog continue sendo importante na pesquisa em Comunicação Persuasiva, não só para nós como para você, querido(a) leitor(a).

Um abraço e nos vemos no próximo post!

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19 de out. de 2009

Palestra importante e grátis: Informação, bem público ou privado?

Rainer Kuhlen
Palestra
26 de outubro de 2009 - 2ª feira - 19:30 h
Itaú Cultural - Sala vermelha
Av. Paulista, 421 - São Paulo
Alemão com tradução simultânea
Entrada franca - 100 lugares
Inscrição com Ana ou Bethe 11 - 3296 7051
biblioteca@saopaulo.goethe.org

Em sua palestra, Rainer Kuhlen discute até que ponto o conhecimento e a informação devem ser primordialmente objetos do desenvolvimento (no interesse público) ou objetos de utilização comercial (no interesse privado), para chegar à questão: "a quem pertence o conhecimento?".
Rainer Kuhlen é professor de Ciência da Informação da Universidade de Konstanz, Alemanha, e membro da Comissão Alemã da UNESCO.
Rainer Kuhlen é autor de Hypertext (Hipertexto, 1992), Informationsmarkt (Mercado da Informação, 1995) e Informationsassistenten (Assistentes de Informação, 1999), obras de referência para o estudo da Ciência da Informação.

Evento realizado em parceria com o Instituto Itaú Cultural. Acho essa uma boa dica pra quem está em São Paulo.


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17 de out. de 2009

Que anúncio fazer para o dia do Professor?

O dia do professor passou e fiquei observando o que não aconteceu. Nada de grandes homenagens, festas, nem comemorações. Ao contrário, manifestações esparsas, de alguns amigos e conhecidos para uma rede tb de amigos e conhecidos. No espaço público da grande mídia, pouco ou quase nada. Anúncios então, foram raros - nenhum digno de ser postado aqui. E isso porque o esvaziamento do papel do professor na nossa sociedade reflete o simulacro que se tornou a educação institucional em nivel global. Acho que algumas salas de aula se tornaram o túmulo do conhecimento, mas com certeza o menos culpado por isso é o professor.

Numa sociedade em que a grande educadora das crianças é a publicidade e a TV comerciais, em que os pais abdicam conscientemente da árdua tarefa de educar seus filhos, em que o formato sala de aula com carteiras, quadro e giz se mostra muitas vezes inócuo, o papel do professor parece beirar a irrelevância. Enquanto há todo um discurso oficial e até um comercial na TV do MEC, tudo aprece se resumir a um blá blá blá institucional porque, na realidade, o professor tem pouco ou nada a comemorar. Mas será que é mesmo assim?

Na minha opinião, penso que nós, professores, temos uma oportunidade histórica e única. Independente do quadro geral que se apresenta, me pergunto: qual outra mídia pode contar com platéia tão cativa quanto uma sala de aula? Qual outro profissional tem a oportunidade de plantar sementes nos corações e mentes de crianças e jovens ainda em processo de formação? Qual outra profissão pode utilizar as novas tecnologias de forma tão transformadora e até subversiva? Qual outro profissinal tem a experiência de conviver com o pior e o melhor dos seres humanos em situações muitas vezes limite? Sem dúvida é um desafio, e acho que são muito poucos os que conseguem se dar conta disso. De minha parte, acho que o melhor de ser porfessor é o que se aprende todo dia. O valor dessa missão não precisa de anúncios ou homengens, irrelevantes diante da imensidão do desafio que é professar, todos os dias, os conhecimentos, crenças e ideais moldados na experiência única da convivência com alunos e parceiros de profissão.

Para concluir, insiro um lindo trecho de Eduardo Galeano, que minha amiga Bel, uma das melhores professoras que conheço, costuma citar em suas aulas.

A função da arte/1

Eduardo Galeano

Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovadloff, levou-o para que descobrisse o mar.

Viajaram para o sul.

Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando.

Quando o menino e o pai alcançaram aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar estava na frente de seus olhos. E foi tanta a imensidão do mar, e tanto fulgor, que o menino ficou mudo de beleza.

E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai:

- Me ajuda a olhar!

In GALEANO, Eduardo. O Livro dos Abraços. Tradução de Eric Nepomuceno. Porto Alegra:L&PM, 1991 (4ª capa).


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16 de out. de 2009

Internet rápida para mais pessoas

"O serviço de banda larga popular chegará ao mercado paulista em 9 de novembro. Ontem, o governador de São Paulo, José Serra, assinou o decreto que isentou do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) os pacotes de até R$ 29,80.

A velocidade definida pelo decreto é de 200 quilobits por segundo (Kbps) a 1 megabit por segundo (1 Mbps).

"Esse programa tem um potencial de atender 2,5 milhões de computadores", afirmou Serra, durante o evento Futurecom. O número corresponde à soma dos PCs com acesso discado no Estado, que são 1,75 milhão, aos sem acesso nenhum, o restante. "Pelo menos a metade deles deve aderir." Segundo Serra, com a isenção do ICMS, até então de 25%, a população de baixa renda poderá economizar por mês cerca de R$ 20, já que os planos oferecidos pelas operadoras nessa velocidade, em torno de R$ 50, não devem ultrapassar os R$ 29,80 mensais."


Referência: http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2009/10/16/banda+larga+popular+chega+em+novembro+8845045.html


O que isso representa para a comunicação de massa e especificamente para a atividade publicitária, na sua opinião ?


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15 de out. de 2009

O suicídio e a comunicação

Este post deveria ser um comentário para o post do Cláudio. Mas quando estava prestes a clicar em "Publicar comentário", notei que estava falando de outro assunto, mas ainda dentro do mesmo tema.

Em uma palestra na Rede Globo, na qual fui ainda este ano, um jornalista disse que não noticiam suicídios, como forma de evitar que a ideia se propague, gerando novos casos. No máximo, você ouvirá um "...foi encontrado morto".

E isto é comprovado não só por estudos mas pela própria prática, e não é de hoje: O livro Os Sofrimentos do Jovem Werther, de Goethe, causou uma onda de suicídios quando foi publicado. Vários outros romances também relatam o suicídio, como Madame Bovary, de Gustave Flaubert; Romeu e Julieta, de Shakespeare; sem falar nos livros de Hemingway, que além de retratar o suicídio em várias obras suas, também se suicidou em 1961.

Se tudo isso ocorreu em uma época onde os livros eram o principal meio de propagação de ideias, imagine como seria hoje, guardadas as devidas proporções?

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13 de out. de 2009

Choque de visões - o que vi na sabatina da Folha de S. Paulo

Acabei de sair da sabatina realizada na PUC-SP pela Folha de S. Paulo com o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli. Antes de comentar qualquer coisa de maneira precipitada, li na Folha Online as seguintes matérias, para confirmar se realmente batem com o que foi dito:

Conclusão: algumas coisas ficaram claras a respeito desta sabatina, e certamente você NÃO verá nas manchetes da Folha:

Desde o início ficou clara a intenção da Folha de atacar o governo batendo na Petrobras, cujo presidente é petista. Durante quase toda a sabatina, os jornalistas buscaram brechas nas leis que regem a exporação do petróleo, vigentes há anos. Segundo o próprio Gabrielli, se antes a mídia era a favor destas leis, por que agora as condenam tanto? Será que o mesmo vai ocorrer caso o próximo governo seja da atual oposição?

Outro ponto importante levantado - e abafado prontamente - na sabatina é o abismo tecnológico que se formou no país. De um lado, temos a indústria petrolífera, cuja maior riqueza não é o lucro vindo da extração e venda do petróleo, e sim o conhecimento produzido ao longo de várias décadas de aprimoramento, obtido muitas vezes no sistema de tentativa e erro. Do outro lado, a população, que mal conhece como funciona a indústria do petróleo, e carece de informações para decidir - através do governo - quais rumos tomar. A quem cabe a tarefa de informar a população? A mídia? O governo? O mercado?

Questões ambientais: Vi muitas pessoas na plateia rascunhando perguntas sobre este tema, mas a Folha não demonstrou muito interesse em abordá-los. O que se viu e ouviu claramente foi quatro jornalistas sendo ownados* por não saberem que a Petrobras ainda faz parte do Dow Jones Sustainability Index, e que só saiu do Índice de Sustentabilidade Empresarial da Bovespa por pressões políticas. "De quem?", perguntaram os quatro. "Ora, vocês sabem", respondeu o homem. Foi o suficiente para voltarem ao tema política, com uma aparência visivelmente abatida.

Para finalizar, uma das coisas que ficou mais clara nestas duas horas e pouco: a diferença de visões entre a Petrobras e a sociedade sobre o mesmo assunto, o que ainda pode complicar muito o debate: É natural das empresas petrolíferas lidarem com riscos e enxergarem as situações com uma visão de longo prazo, ligada ao planejamento detalhado e ao aprimoramento obtido ao longo de décadas. Por outro lado, a sociedade (e nisso se encaixam a mídia, você e eu), ainda não compartilham plenamente deste tipo de visão, pois culturalmente ainda estamos presos ao planejamento a curto prazo, de 4 em 4 anos.

Se compararmos nossa história com a da indústria do petróleo, acabamos de sair de uma ditadura (ou ditabranda, como preferir), e após vários planos econômicos mal sucedidos, só recentemente obtivemos um crescimento mais acelerado, o que ainda não foi assimilado por muita gente. Enquanto a Petrobras ainda faz testes para definir como será a extração, já tem gente fazendo as contas de como investir os lucros do pré-sal, seja na educação, saúde, infra-estrutura ou até mesmo nas Olimpíadas de 2016, contando com o ovo que a galinha ainda não botou..

*Ainda não sabe o que significa ownado? Então clique aqui.


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Uma anedota russa

Sempre apreciei a literatura universal, por diversos motivos. Um deles - talvez o maior - é o realismo com que os grandes escritores retratavam a sociedade, como forma de explicitar seus problemas e vícios.

Dostoiévski, em seu Recordações da Casa dos Mortos, conta através de um dos personagens uma anedota muito interessante, que ajuda a refletir bastante sobre a responsabilidade na comunicação:

Havia um circo itinerante que possuía um palhaço muito talentoso, que fazia até as pessoas mais sérias da cidade se renderem às suas caretas e piadas. Certo dia, o circo se apresentaria em uma pequena cidade, e seu sucesso era tão grande que a população inteira estava na plateia.

Minutos antes do início do espetáculo, começou um incêndio no circo. O diretor do circo, ao perceber a gravidade do assunto, enviou o palhaço ao picadeiro para dar a notícia, acreditando que este chamaria melhor a atenção das pessoas. Todos acharam que era uma piada e começaram a rir, enquanto o palhaço gritava e gesticulava desesperadamente. Foi nesta noite que todos na cidade de [...] morreram queimados no incêndio, e nunca mais se ouviu falar neste circo.

Este trecho, aparentemente sem muita relação com o resto da história, representa muito pra mim. Foi um divisor de águas, onde passei a buscar entender o que é responsabilidade na comunicação e como seu uso afeta a vida de centenas, milhares, milhões de outras pessoas.

Fica então a dica de leitura. Para saber mais sobre a vida e obra de Dostoiévski, vá a Wikipedia. Mas para aprender realmente com sua obra, vá a uma biblioteca.

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9 de out. de 2009

Sabatina com José Sergio Gabrielli, presidente da Petrobras, dia 13/10 na PUC-SP

Recebi esta notícia hoje pela newsletter diária da PUC-SP. O jornal Folha de S.Paulovai sabatinar o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, no TUCA (Teatro da Universidade Católica). Gabrielli será entrevistado por Maria Cristina Frias, colunista da Folha, Sérgio Malbergier, editor do caderno Dinheiro, e Valdo Cruz, repórter especial, entre outros. Além disso, você também pode participar do evento, se inscrevendo no telefone 11 3224 3473, ou pelo e-mail eventofolha@grupofolha.com.br. Basta informar nome completo, RG, telefone e código de assinante (em caso de assinantes da Folha).

A esta altura você já deve imaginar qual o principal assunto da sabatina: o pré-sal. Mas qual a importância desta sabatina?



Logo após o anúncio da descoberta dos poços de petróleo no pré-sal, toda a sociedade se pergunta sobre o que será feito com os lucros, ao mesmo tempo em que cada setor vende seu peixe na esperança de obter o apoio da opinião públicaalguns acreditam que o pré-sal financiará a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, enquanto outros querem usar o dinheiro para financiar a educação, saúde pública, entre outras necessidades e vontades.

Pessoalmente, não estou interessado em apontar qual o melhor uso para um dinheiro que ainda não existe, e talvez nem possa existir, como a própria história da indústria petrolífera ensina. Meu maior interesse nesta questão é observar mais de perto esse cabo de guerra ideológico e ver que frutos ele trará para nosso país.


O petróleo do pré-sal pode trazer grandes oportunidades para o Brasil, desde que seja bem usado. Senão...


Já estou acompanhando as discussões há algumas semanas, e me inscrevi para participar (mesmo não assinando a Folha). Acompanhe aqui no Publizität quem são e o que pretendem as forças que tentam puxar para si a opinião pública numa tentativa de comer um ovo que a galinha ainda nem botou.

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5 de out. de 2009

Anúncios de bebidas alcoólicas dão lugar a Conteúdo, mas e a ética? onde fica?

Essa vem da Folha de S Paulo de hoje.
O setor de bebidas alcoólicas foi proibido pela lei nº 9.294/96 de efetuar publicidade de seus produtos no horário entre 6h e 21h, mas já encontrou uma resposta para este problema: o patrocínio de conteúdo. Nos últimos dois meses, dois programas foram lançados nesse formato. No rádio, a Mitsubishi FM estreou na semana passada o "Johnnie Walker com Gigantes", semanal apresentado por Lorena Calábria, às 21h. Nesta semana, será transmitido ao vivo do Buddha Bar, como piloto Mika Hakkinen como convidado.Ao fim, haverá degustação do uísque Black Label.Na TV, o GNT exibe "Harmonize", patrocinado pelo grupo AmBev, em que a cada episódio um chef prepara um prato que combine com cerveja da linha Bohemia, fabricada pelo grupo.Inédito às terças-feiras, às 23h30, o programa tem reprises dentro da faixa horária vetada.Isso porque, em mais uma brecha legal, cervejas têm teor alcoólico menor que 13%, e não são definidas como bebidas alcoólicas por essa lei.Eduardo Bendzius, gerente de marketing da Diageo, empresa dona da marca "Johnnie Walker", diz que a produção de conteúdo é mais interessante para o público do que anúncios: "Não precisamos forçar nossas marcas, podemos apresentá-las de forma legal e sutil".Procurado, o Ministério Público Federal-que geralmente fiscaliza emissoras de rádio e televisão, por serem concessões públicas- diz que não há ilegalidade com relação a este modo de patrocínio, mas ressalta que não pode existir qualquer tipo de anúncio das marcas no decorrer do programa, caso transmitido durante o horário vetado.

Agora me pergunto até onde essa mélange entre conteúdo e comercial vai dar. Cada vez mais as marcas vão sutilmente ampliando suas influências até que tudo se dê de forma tão inconsciente e subliminar que nem percebamos mais seus apelos. Acho que o CONAR deveria se posicionar sobre isso.

E por falar em ética, o texto do Pondé na Folha de hoje sobre o comercial da Havaianas, que já comentamos aqui deveria ser lido em todos os curso de publicidade desse país.

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4 de out. de 2009

Propaganda indireta. O que é?




Em abril deste ano entrou em cartaz em Paris o filme Coco avant Chanel. O filme estreiou, mas o cartaz não. Eu explico: a empresa que administra e controla a publicidade nos transportes, em cumprimento à lei antitabaco, vetou os cartazes afirmando que o fato da protagonista, a atriz Audrey Tautou, aparecer segurando um cigarro no cartaz faria alusão a uma propaganda indireta ao tabagismo. Dos 5.800 cartazes encomendados para serem distribuidos pela França, 1.100 que seriam destinados ao metrô e aos ônibus de Paris foram substituídos.


Não tenho uma opinião formada sobre o assunto. Entendo que a imagem pode sim propagar o consumo do cigarro, mas ao mesmo tempo acho que há nessa ação certo radicalismo, pois pelo pouco que li sobre a história da estilista, faria sentido colocá-la fumando um cigarro. Não sei até que ponto a censura do cartaz realmente colabora ou prejudica a publicidade e sua interferência na sociedade. Como controlar e entender uma propaganda indireta? O que pensam sobre isso? Se tiverem algum texto que trate sobre o assunto, gostaria de conhecê-lo, por favor façam a propaganda direta dele.

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3 de out. de 2009

Meu comentário no blog do Claudio Abramo

Em relação ao blog do Cladio Abramo, que no post Propagandística faz uma severa crítica a publicidade, acabei de postar um comentário, que insiro abaixo. A crítica do Abramo a alguns comerciais é totalmente pertinente, mas o preconceito que subjaz em seu post foi o alvo de meu comentário:

"Prezado Claudio,

Seu purismo adorniano me fez refletir. Se uma das vozes mais lúcidas da intelectualidade brasileira é capaz de ver o mundo da comunicação em preto e branco, demonizadno a publicidade e, indiretamente, corroborando o jornalismo como contraponto a ela, como queremos mudar o país se nem em nosso quintal conseguimos alguma lucidez???? A propósito, sou publicitária. E lembro que a mesma que serviu a Hitler, hoje faz o Rio ser eleito sede das olimpíadas. Tudo depende de quem está em seu poder. Ah, e aí vai o ponto do í: publicizar significa dar a conhecer, significa transparência, nome não por acaso da ONG q vc dirige."

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29 de set. de 2009

Programação da 10a Semana de Publicidade da PUC-SP está ótima


Gostaria de estar em São Paulo para participar da 10a Semana de Publicidade. Como não estou, indico a programação como sugestão para todos os alunos e interessados no mundo da publicidade pois o acesso é livre. Para ver o blog da semana, cuja programação visual também está bem bacana, clique aqui. Parabéns aos meninos da Agência, à coordenação e a todo curso pela organização do evento.
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27 de set. de 2009

Hyundai i30

Para entrar de vez no mercado brasileiro de hatches, a Hyundai lançou neste ano o i30. Veja (mais uma vez) o vídeo do i30:



O que incomoda não é a qualidade da peça - e sim a quantidade de repetições. Entre os meses de agosto e setembro era comum ver uma peça do i30 nos intervalos de praticamente toda a programação: programas de auditório, jornais locais, novelas, filmes e até programas infantis. Em programas esportivos era comum ver até duas exibições durante o mesmo intervalo comercial.

O texto ainda faz uma comparação perigosa: lista as melhores qualidades dos concorrentes (o texto do vídeo está diferente do vídeo exibido na TV, que cita a BMW, por exemplo) e promete reuni-las no i30. Como o consumidor brasileiro não está acostumado com este tipo de comparação direta (mais comum na publicidade dos EUA, talvez até proibida no Brasil), pode acabar servindo de mote para uma resposta dos concorrentes.

Depois de tudo isso só resta perguntar: quem era realmente o público-alvo deste comercial? Considerando o preço do carro - na faixa entre R$ 50 mil e R$ 60 mil - já dá pra prever que o público não é formado por pessoas que só assistem TV, ainda mais em horários tão diferenciados. Além disso, este tipo de repetição já não dá certo há anos nem com o varejo, que dirá com um carro importado? Será que a verba astronômica usada para anunciar em TV não poderia ser utilizada em uma campanha mais integrada, mais focada no público-alvo (se houver um)?

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25 de set. de 2009

O que dizer ao Claudio Abramo quando ele ataca a Propaganda?

Essa semana confesso minha surpresa ao ler a opinião do Claudio Weber Abramo sobre a propaganda. Ele é diretor da ONG Transparência Brasil e tem um curriculo respeitável em defesa dos direitos humanos, o q me fez sempre admirá-lo, daí eu acompanhar o seu blog no Ig. Mas essa semana ele carregou nas tintas contra a propaganda.
Chamou os publicitários de "especialistas do embuste" que "não têm qualquer espécie de compromisso com algum vestígio de verdade ou correção, os publicitários são os maiores promotores da esculhambação dos costumes". Associou a publicidade a "uma das coisas mais detestáveis que existem na face da terra", acusando-a de "excesso de embromação", de promover a "gramática tatibitate" e finaliza afirmando que poderia citar "milhares de outros anúncios imbecis, ofensivos, ignorantes, de mau gosto e dotados de características deploráveis (são quase todos assim) poderiam ser mencionados, mas vou parando por aqui". Vale ler o texto e também os comentários, clique aqui.

De nossa parte, estou em viagem mas espero ter um tempo para poder postar um comentário no blog dele, pois embora concorde com a crítica pontual que ele faz a alguns anúncios, acho que ele carregou nas tintas para polemizar. Mas ele partiu de um princípio questionável: a culpa dos males do mundo é da propaganda, e o sujeito que a assiste é um pulha que a tudo engole sem senso crítico. Gostaria que todos que lêem e seguem o Publizitat também lessem e postassem lá seus comentários.

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22 de set. de 2009

Samba de uma nota só?

Na última segunda-feira assisti à sabatina de Marina Silva no programa Roda Viva, da Rede Cultura. Mesmo com a ajuda do programa, que já teve seu auge (antigamente eram mais entrevistadores, muito mais incisivos) a senadora do PV não cumpriu seu papel: não conseguiu tirar o estigma de "samba de uma nota só", dado aos políticos com uma proposta focada em apenas um assunto.

A senadora foi questionada, pelo menos uma vez a cada dois minutos, implicitamente ou não, se seria ou candidata à presidência em 2010. Desconversou em todas as 32648792168 vezes. Oras, se ela é o nome mais forte do partido (a menos que você prefira o Penna), tem boas propostas para o desenvolvimento sustentável (mas não suficientes, já digo o porquê) ainda por cima vem ganhando popularidade (favor não confundir com simpatia), qual o problema em dizer "sim, eu gostaria de ser presidente desta p... de país", nem que seja durante um bocejo?

Quando questionada sobre assuntos mais polêmicos, o discurso foi praticamente o mesmo: "Eu sou contra, mas sou aberta ao debate. Desde que haja controle, tá liberado. Mas eu ainda serei contra.". Isso valeu para o aborto, para as usinas nucleares, para as eleições do STF, para a descriminalização da maconha, pesquisa de células-tronco e até sistema de pontos corridos do Campeonato Brasileiro.

Na rodada de perguntas sobre política econômica, faltou o brio presente nos primeiros blocos. Defendeu vários avanços trazidos por FHC e Lula (programas sociais, Plano Real, etc.), mas não apontou nenhuma mudança a ser feita. Tudo bem que é cedo pra apresentar um plano de governo - ainda mais quando nem se é candidata - mas a senadora perdeu uma excelente oportunidade pra botar mais uma nota no seu samba, amarrando seu carro-chefe (o plano de desenvolvimento sustentável) com o que já foi feito e deu certo. Assim mostraria que, caso algum dia resolvesse ser candidata, pelo menos teria um discurso mais abrangente.

Voltando ao Roda Viva: Agora o programa pode ficar mais interessante para os internautas, já que o programa usa blog e até Twitter. O Roda Viva já não está mais em seu auge, mas ainda é mais contundente que os debates Globo e Bandeirantes, até porque se vê menos show e mais debate, o que realmente precisamos hoje em dia.

Em tempo: vale a pena visitar o Memória Roda Viva, portal para pesquisa de grandes temas exibidos nos debates do programa nos últimos 21 anos.

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Havianas e os filmes da vovó que fala de sexo

Primeiro filme


Muitas pessoas reclamaram desse filme. Embora eu não o considere ofensivo, acho que a agência foi mais criativa no filme resposta do que o próprio filme inicial porque argumenta a favor da tolerância das diferentes opiniões.

Filme resposta

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21 de set. de 2009

Mais um evento sobre sustentabilidade e a ação concreta do Avaaz



Hoje, qualquer cidadão que se interessa pela sustentabilidade do planeta é tão assediado que, às vezes, pode ficar confuso em relação a quais atitudes tomar. Acho que o debate deve complementar a ação. A importância desse evento é atualizar o debate e ver a contribuição dos conhecidos militantes, como o Young do Ethos e do prof. Dowbor da PUC-SP, além de outros convidados de peso. Agora, se o caso é de uma ação mais concreta, hoje houve a convocação do coletivo Avaaz, que mobilizou milhares de pessoas a ligar e a se organizar para solicitar aos chefes de seus paises que eles assinem um protocolo pelo clima na reunião de Copenhagen. Vale a pena uma visita ao site da avaaz para ver o que as pessoas estão fazendo ao redor do mundo.
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19 de set. de 2009

Compare a propaganda de Chivas Regal e opine

Assistir a esses dois comerciais de Chivas de alguma forma nos mostra a mudança da imagem do masculino de antes (cerca de uns 5 anos atrás) e de hoje. Se antes os filmes do whisky sempre aludiam a um clube do bolinha, de homens isolados entre seus pares, saboreando o melhor da vida, sempre associando a uma imagem de sofisticação e privilégio para poucos (como é o caso de uma pescaria no meio do gelo), neste último filme, que está no ar agora, é interessante notar que as situações mostram mais o coletivo, já com a presença feminina e um apelo ao "cavalheirismo" (Chivalry) politicamente correto. Não se vê mais homens ingerindo a bebida e nem mesmo pegando a garrafa diretamente. Não se vê mais a riqueza relacionada a mera posse financeira. Em tempos de emancipação feminina no mundo do trabalho, agora apela-se ao quase "esquecido" cavalheirismo, a uma confraria ainda majoritariamente masculina, mas já composta por mulheres em pé de igualdade, além de pedagogicamente orientar os homens a "serem homens". Não deixa de ser um posicionamento corajoso em um segmento tão tradicional. Assista aos filmes e faça seu comentário.

Filme Atual


Filme anterior

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18 de set. de 2009

De quem é a culpa?

Quando vejo um caso de publicidade irresponsável (como o caso da WWF/DM9), fico menos chocado com o impacto causado pela peça do que com as suas consequências.

Demitir a dupla de criação resolve o problema? Se o anúncio realmente foi publicado, a merda já foi feita. E é bem maior do que se pensa.

Vou comparar a publicidade ao futebol, só pra facilitar o entendimento. Quando um time de futebol vai mal, geralmente o técnico é o primeiro a ser demitido, porque, como diz uma das máximas do futebol, "é mais fácil mandar embora 1 do que 11". Só que o problema não está sempre no técnico, e sim numa soma de fatores como falta de estrutura do clube, cartolas que não sabem gerir o time, falta de paciência da torcida, só pra citar alguns. Isso vale tanto para a Seleção da Argentina quanto para o Fluminense ou o Asa de Arapiraca.

El Pibe pode estar com os dias contados no comando da seleção Albiceleste. Mas é só a ponta do iceberg.

Na publicidade não é diferente. Demitir a dupla de criação pela má recepção da peça é bater em cachorro morto. Junto com eles teriam que ir o cliente que aprovou a peça, o cara da revista que publicou o anúncio, o responsável pelas inscrições em Cannes... Porém isso não resolveria em nada o problema da responsabilidade na propaganda, nem das tsunamis muito menos do 11/9. Agora que a merda tá feita, o jeito é tirar a humildade da gaveta e se desculpar com os parentes das vítimas do 11/9 e das tsunamis. Em seguida, procurar aprender com este erro, para que no futuro se possa fazer algo polêmico sem perder a responsabilidade.

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17 de set. de 2009

O Conar mandou Colgate mudar embalagem e retirar a propaganda




O Conar mandou a Colgate mudar a embalagem do creme dental Colgate Total 12 e tirar de circulaçao os anúncios em TV, internet e folhetos. A Procter & Gamble, fabricante da Oral-B, questionou o slogan de que o concorrente "previne contra 12 problemas bucais e protege por 12 horas". Apresentou estudos afirmando que o efeito, para algumas dessas doenças, nao dura o tempo alardeado. A Colgate diz que suas informaçoes são "uma adaptaçao para melhor entendimento do consumidor" e que a eficácia de seu produto é "comprovada por 65 estudos publicados".

Na lógica da retórica racional, a justificativa ou reason why precisa ter algum tipo de comprovação, de vantagem real. Se a Colgate não informa quem escreveu os tais "estudos", que garanta procedência da informação, seu argumento quantitativo "65 estudos" se torna vazio.

E outra notícia da mesma fonte, no caso, a coluna da Monica Bergamo do jornal Folha de SP, informa que os profissionais da DM9 que criaram o polêmico anúncio com referências ao 11 de setembro, em que dezenas de aviões sobrevoavam Nova York como se a cidade fosse sofrer um novo ataque, já não despacham mais na agência.

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12 de set. de 2009

Um souvenir diferente e ecológico de NY


Essa vem do Glamurama de ontem. Tudo começou como uma aposta: provar para um amigo que, dependendo da embalagem, qualquer coisa pode ser comprada. Foi assim que Justin Gignac deu início ao projeto "New York City Garbage", pedaços de lixo que recolheu em Nova York, embalou em atraentes cubos de plástico à prova de odores e que vende por US$ 50.

* Nos últimos oito anos, mais de 1,2 mil peças foram compradas. Hoje em dia eles são um dos principais souvenires da cidade. São numerados, assinados, têm edições especiais e podem ser encomendados pela internet. Clique aqui para saber mais.

Bem q essa moda podia chegar a SP não.... Eu já até imagino o comercial, com um monte de gente recolhendo o lixo da cidade, numa versão positiva do Ensaio sobre a Cegueira, e com a trilha sonora do Garbage (grupo que eu adoro) - claro!!!

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10 de set. de 2009

Quem quer pensar um plano de sustentabilidade para o Yahoo?



Quem quer participar do jogo da cidadania? Quem quer parar e pensar um plano sustentável para o Yahoo? Quem quer ouvir os funcionários, fornecedores, acionistas, patrocinadores e clientes para ter uma visão global do Yahoo?

Para enfrentar as verdadeiras questões da sustentabiliade, não se deve confundi-la com uma estratégia de perfumaria empresarial. Ser sustentável é ter relações trabalhistas justas, ter respeito pela diversidade social, preservar o meio ambiente, investir em projetos de médio e longo prazos e, sobretudo, ser ético nas relações com todos os stakeholders e com a sociedade em geral. É preciso ter fôlego e, sobretudo, ter coragem pois a opção pelo sustentável implica a mudança da cultura do consumo desmedido e compromisso com mudanças que incomodam o status quo, e não pode ser transformada em estratégia de marketing servil à dominação simbólica do capital. Espero que os participantes do Jogo da Cidadania deste ano levem isso em consideração na elaboração de seus planos.

Agradeço ao Regis, pelo email do jogo.
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3 de set. de 2009

DM9DDB e WWF pedem desculpas pela campanha que compara o Tsunami ao 11/9

A campanha criada pela DM9DDB para WWF (leia e assista aqui) e que compara as vítimas do 11 de setembro nos EUA às vítimas do Tsunami de 2005 é o imbróglio da vez no mundo da propaganda.

A criação e aprovação da peça pode até ter sido uma "desatenção" de agência e do cliente. Mas o fato de a campanha ter sido inscrita no Festival de Cannes e no One Show demonstra o quanto a sede por prêmios, às vezes, pode atropelar a responsabilidade de uma agência.

Mas nunca é tarde para se assumir os erros, e, depois de a rede americana NBC ter feito um quadro criticando a campanha ("As Piores Pessoas do Mundo" - veja aqui), e outros grandes como AdAge (aqui), NYTimes (aqui), Huffington Post, entre outros veículos terem comentado o caso, DM9 e WWF vieram a público se desculpar pelo anúncio cujo texto diz que "O tsunami matou 100 vezes mais pessoas que o 11/9".
A ONG teria condenado a peça, e ela não teria sido aprovada, segundo matéria do AdAge.

A DM9DDB se posicionou sobre o assunto, por meio de comunicado: "O anúncio Tsunami criado para a WWF Brasil foi criado, aprovado e veiculado em dezembro de 2008. A agência pede desculpa a todos que foram afetados ou ofendidos com o anúncio. Este anúncio nunca deveria ter sido feito e não retrata a filosofia desta agência." Dados retirados do site do CCSP.

Comunicado na íntegra:

"A WWF-Brasil e a DDB Brasil manifestam conjuntamente seu pesar pelo lamentável incidente envolvendo o anúncio Tsunami veiculado localmente no Brasil.

Este anúncio não expressa o pensamento nem do cliente nem da sua agência de propaganda. Ele foi criado e aprovado no final de 2008, equivocadamente. Fruto somente da inexperiência de alguns profissionais envolvidos em ambas as partes. E não de má fé ou desrespeito ao sofrimento americano.

Assim que tal equívoco foi percebido, rapidamente agência e cliente decidiram pela suspensão imediata da divulgação deste anúncio, tendo ele sido veiculado apenas uma única vez em um jornal local.

No entanto, inadvertidamente este anúncio foi submetido a uma competição de propaganda internacional, passando a fazer parte da memória deste festival na internet, de onde foi resgatado nas últimas horas causando todo este mal estar. A agência já solicitou a retirada imediata deste anúncio desta ou de qualquer outra premiação.

WWF-Brasil e DDB Brasil reafirmam que tal anúncio jamais deveria ter sido criado, aprovado ou veiculado. E lamentam o ocorrido, reiterando pedido de desculpas a todos que se sentiram ofendidos.

Nos últimos 3 anos, temos trabalhado juntos para mobilizar pessoas, esforços e recursos em prol da causa ambiental. Um erro pontual não ofuscará sucessos passados, nem impedirá os futuros.

DDB Brasil
WWF-Brasil"





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2 de set. de 2009

A grande farsa do aquecimento global

Não sei se acredito muito neste documentário, até mesmo por que a argumentação dele é geológica em demasia, mas ele trata da questão do aquecimento global e de modo bastante científico, acredito que vale a pena assistir e fazer o contraponto.

Acho legal ressaltar que apesar da argumentação forte do documentário, ele está falando exclusivamente da relação de temperatura e CO2, não entra em questões como a biodiversidade, que deve ser um assunto à parte. A destruição da biodiversidade que não necessariamente causa o aquecimento, mas sim a impossibilidade de vida na Terra com sua destruição.

Ah! o documentário está em nove partes, sugiro que faça uma pipoquinha antes :)



















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1 de set. de 2009

Lixo de Publicidade e Publicidade de Lixo







[Pessoas, há muito discutimos publicidade e sobre o lixo que, por vezes, nela é produzido. Agora venho propor um debate sobre o lixo que dela é gerado, literalmente escrevendo.



"Estive" promotor de vendas por aproximadamente dois anos. Trabalhei com as marcas Philips e, recentemente, com a Samsung. Durante esse tempo pude perceber o quanto avassalador é o empenho das empresas na produção de material promocional e na implantação do mesmo nos PVs (pontos de venda). Isso não só por parte das empresas pelas quais trabalhei, mas pela maioria das grandes marcas. São folders, stikers, papel forração, cubos, stopers, testeiras, adesivos, balões, catálogos, displays, porta folhetos, wobbler e mais um monte de blaster ultra splash de coisas.]



notório na promoção de vendas, sobretudo, no merchandising, que além de marcas, algo que propagam a esmo é o lixo. Grande parte desse material poderia ser reciclado ou mesmo evitado, porém, com exceção de móveis e materiais mais pesados, os quais são recolhidos pelas empresas anunciantes ou pelas agências por elas contratadas, tudo é jogado nas latas de lixo dos lojistas, pois as marcas anunciantes que estampam aos sete ventos sua preocupação com o meio ambiente, simplesmente ignoram a existência desse material. Ignoram duplamente, pois além de não se responsabilizarem pelo seu descarte, ainda se prendem ao "quanto mais melhor", visto que o controle do uso do material promocional é precário, sendo muito comum o desperdício. A preocupação dessas empresas passa "marro menos" pelo cuidado de não deixar o PV visualmente poluído, mas nem perto de uma conscientização ambiental, a qual poderia ser repassada aos seus colaboradores.



Em julho fui à Feira de Serigrafia 2009, evento no qual além de máquinas e acessórios para a produção de brindes e materiais promocionais em geral (camisetas estampadas, canecas, canetas, etc.), havia também uma total despreocupação quanto ao descarte desses materiais, pois uma "promoção ambientalmente sustentável" de certo não fazia parte das propostas e soluções oferecidas pelas empresas presentes no evento. Salvo a exceção das empresas Artcor Brasil, que expunha, entre outros brindes, lápis com o corpo de papel reciclado e camisetas feitas de fibra de garrafa PET e da Kriarte Printing Solutions, que apresentava marcadores de livros e porta-celulares produzidos a partir da extrusão de filme de PET reciclado (certo que o porta celular não suportava o peso do mesmo e o design de tais brindes era pecaminoso, mas tal era a escassez de produtos e empresas presentes com o mínimo de responsabilidade sócio-ambiental, preferi me calar).



Diante dessa situação, penso que a comunicação no ponto de vendas deva ser repensada de forma que possamos não só saber sobre a existência de tal produto e de sua "vital importância para nossas vidas", mas também que tal forma de comunicar tem seus resíduos, os quais durarão por muito mais tempo que a informação transmitida. ]


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