3 de fev. de 2011

ONU tira 2000 empresas do Pacto Global. No Brasil, muitas são da área da comunicação

O Pacto Global, uma iniciativa das Nações Unidas, expulsou 2.048 de seus associados – equivalente a 25% do total de empresas, instituições e autarquias que publicamente prometeram defender os princípios de responsabilidade social propostos pela ONU. Para ver a lista completa das descadastradas, clique aqui. Dentre elas estão 72 brasileiras (como a Claro, Federação das Unimeds de São Paulo, EATON, Suzano Petroquímica etc), a maior parte (17) do setor de mídia (agências de publicidade e de comunicação, jornais, rádios e TVs). O projeto conta agora com 6.066 adesões em 332 países; 369 são do Brasil.

Criado em 2000 pelo então secretário-geral da ONU Kofi Annan, e mantido por Ban Ki-moon, o Pacto Global tem como objetivo estimular a prática de responsabilidade social na iniciativa privada. Baseia-se em dez princípios relacionados a direitos humanos, trabalho, meio ambiente e combate à corrupção.

Não se trata de regras – a adesão é voluntária. As empresas ou instituições que quiserem aderir ao pacto precisam enviar uma carta à ONU e tornar público seu compromisso, divulgando-o internamente e na comunidade em que atuam. Depois, têm de apresentar anualmente um relatório apontando o que fazem para integrar os dez princípios à sua estratégia e às suas operações.

As Nações Unidas não fiscalizam as empresas, apenas cobram que divulguem os informes anuais. Se isso não for feito por dois anos consecutivos, a empresa é desligada. Por não cumprirem a tarefa é que os cerca de 2 mil membros foram expulsos – 200 no fim de 2010, após uma prazo dado pela coordenação do projeto para que os associados de países menos desenvolvidos enviassem sua prestação de contas.

“Estamos avançando em transparência”, afirma o chefe de Relatórios de Progressos do Escritório do Pacto Global, Jerome Lavigne-Delville. “Por um lado, estamos sendo mais severos na aplicação de nossas medidas de integridade, para assegurar que todas as empresas participantes divulguem informações sobre seu progresso, todo ano.

A plataforma cria categorias diferentes de participação no Pacto Global, segundo o nível de transparência e de implementação dos dez princípios: básico, intermediário e avançado. A expectativa é que essa medida estimule melhorias contínuas nas empresas e crie parâmetros de comparação entre associados de tamanhos, setores e regiões semelhantes.

Fonte: site PNUD

3 comentários:

Anônimo disse...

E onde estão os nomes das empresas para que os públicos interessados possam sabem quem são? Isso eles não informam... Mas, dá prá saber, não? Esse blog estaria prestando um bom serviço se o fizesse. Deixo como sugestão.
Um abraço,
Izabel

Conceição disse...

Boa sugestão Izabel, já colocamos o link para a lista. Obrigada pela contribuição.

Anônimo disse...

Essas medidas e o Pacto Global São válidos apenas para países de terceiro mundo?

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