20 de fev. de 2012

Roni Kleiner e o menino de vidro.

Este post é de autoria de Raphael Souza.

Roni Kleiner é um experiente diretor de comerciais e possui fantásticos trabalhos que misturam efeitos visuais com imagens reais.
Segundo a RP de Roni, Tal Nathan, ele atualmente mora em Tel Aviv, Israel, mas realiza trabalhos nos EUA e na Europa. Já trabalhou para agências como JWT, Young and Rubicam, Saatchi and Saatchi, BBDO, DDB, McCann, Grey Group e também para marcas como Orange, Nike e ProTv.

No vídeo a seguir, realizado para o departamento israelense de segurança no trânsito, Roni busca conscientizar motoristas a reduzirem a velocidade de seus carros antes das faixas de pedestre através da ideia de que o pedestre é tão frágil quanto o vidro. Confiram.

Glassboy from Roni kleiner on Vimeo.


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3 de fev. de 2012

Desabafo da Sacolinha Plástica.

Este post é de autoria de Paula Andreta.

Desde o dia 25 de janeiro de 2012, data em que se comemora os 458 anos de São Paulo, foi dado início a campanha pelo fim das sacolinhas plásticas nos supermercados paulistas. A iniciativa é uma parceria entre a Associação Paulista dos Supermercados – ASPAS e o Governo de São Paulo.

A Lei 15.374/11, que até então previa a proibição do uso das sacolinhas em todos os estabelecimentos comerciais paulistas foi, a pedido do sindicato de materiais plásticos, suspensa por decisão judicial por tempo indeterminado.

No início do mês, contudo, o governador Geraldo Alkimin assinou um protocolo de intenções com a ASPAS visando o banimento das sacolinhas plásticas nos supermercados de todo o Estado de São Paulo, sem punição para quem desrespeitar a regra.

Estima-se que o setor seja responsável pelo consumo de cerca de 2,5 bilhões de sacolinhas de origem petroquímica por ano.

Ambientalistas e gestores, vêem nesta medida uma forma de conscientizar a população de como tratar e direcionar corretamente o lixo doméstico, uma vez que incentivaria as pessoas a separar o lixo seco do úmido e a utilizar a sacolinha para o que realmente fosse necessário.

Dados da Secretaria Estadual do Meio Ambiente indicam que são produzidas no país 210 mil toneladas anuais de plástico filme - a matéria-prima da sacolinha. Nos aterros, sua decomposição levaria 100 anos. Já a sacola biodegradável, segundo a secretaria, se desfaziria em dois anos em aterro e em até 180 dias em usina de compostagem.

O setor de sacolas plásticas, contudo, entende que esse acordo visa somente os interesses econômicos dos próprios supermercados eis que o banimento significaria uma economia de cerca de R$500 bilhões para os referidos estabelecimentos, não havendo nenhum repasse do benefício para os clientes.

Segundo a PLASTIVIDA, entidade que representa institucionalmente o setor de plásticos, não existe interesse ambiental ou social na medida adotada, mas tão somente interesse financeiro uma vez que o valor das sacolas estariam embutidos no preço dos produtos, chegando a representar um percentual de 5% do valor da mercadoria. Para eles, o setor ao invés de banir o uso das sacolas plásticas, deveria oferecer gratuitamente aos clientes as sacolas biodegradáveis, as quais chegam a ser vendidas nos estabelecimentos pelo valor de até R$0,20 a unidade.

Neste contexto, o Grupo Pão de Açúcar chegou a afirmar que o dinheiro obtido com a economia das sacolas plásticas seria revertido para as ações de sustentabilidade do grupo. Cabe, entretanto, à população acompanhar o direcionamento prometido.

De acordo com o texto da lei paulista, ora suspenso, todos os estabelecimentos comerciais ficariam obrigados a afixar placas informativas, com as dimensões de 40cm x 40cm, junto aos locais de embalagem de produtos e caixas registradoras, com o seguinte teor: “Poupe recursos naturais! Use sacolas reutilizáveis'". A proibição valeria para todo o comércio na capital paulista, não apenas para os supermercados e o descumprimento da lei implicaria multa de 50 reais a 50 milhões de reais, cabendo à Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente a responsabilidade pela fiscalização. A medida não se aplicaria, entretanto, às embalagens originais das mercadorias, às de produtos alimentícios vendidos a granel e às que vertam água.

A maior cidade brasileira passa a ser agora a segunda capital do país - depois de Belo Horizonte - a proibir as embalagens plásticas. A lei paulista, contudo, ao contrário da lei mineira, chega a vetar até mesmo as chamadas sacolas plásticas ecológicas. "Os fabricantes, distribuidores e estabelecimentos comerciais ficam proibidos de inserir em sacolas plásticas para o acondicionamento e transporte de mercadorias (...) que indiquem suposta vantagem ecológica de tais produtos", diz o artigo quinto da lei paulista.

Neste cenário de discussões, até a sacolinha plástica resolveu se pronunciar. No chamado “Desabafo da Sacola Plástica”, vídeo que está acessível no youtube, a sacolinha mostra toda sua indignação com a situação.




Com uma linguagem bem-humorada a sacolinha diz estar sofrendo buling. Segundo ela, não seria justo lançar toda a culpa da poluição nas sacolinhas uma vez que elas serviriam para acondicionar produtos que também possuiriam embalagens plásticas (shampoo e condicionadores, por exemplo).

Numa linguagem jocosa afirma que as sacolinhas teriam inúmeras utilidades, tais como touquinha para os dias de chuva, embalagam para fazer “geladinho caseiro” e até serviria como ‘instrumento” para os policiais do Bope conseguirem as informações que necessitam dos bandidos. Segundo ela, uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa – Ibope - teria constatado que 71% das donas de casa preferem o uso da sacola plástica sendo que 100% delas as reutilizariam para embalar lixo.

Para a sacolinha, isso tudo não passaria de um golpe dos governantes, haja vista que seria mais barato e conveniente colocar toda a culpa da poluição nas sacolinhas e nos logistas. Afirma, ainda, que o seu uso seria menos impactante para o meio ambiente que uma ecobag (a qual emitiria 1/3 a mais de poluição ambiental quando de sua fabricação).

Sonha em reencontrar sua mãe num aterro (já que uma sacolinha demoraria 300 anos para se decompor) e em ser reciclada como tupperware ou embalagem de shampoo importado, mas não gostaria de ser transformada em embalagem de refrigerante Dolly.

A sacolinha, “de saco cheio” de toda essa situação, conclui que não é acabando com um item de utilidade doméstica que se vai resolver o problema de poluição ambiental. Por fim, se defende dizendo ela também é “verde” e que o errado não é usar a sacolinha, mas sim não a reciclar.

Com uma linguagem irreverente, o vídeo tenta passar a lição de que é o homem o principal culpado pela poluição ambiental e que de nada adianta banir o uso da sacolinha plástica se as pessoas não mudarem seus hábitos e não se conscientizarem que uma cultura de reciclagem é necessária tanto para governantes quanto para empresários e clientes, afinal a Terra é habitada por todos nós.
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