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13 de abr. de 2010
Pré estréia de Sonhos Roubados
Por
Vitório Tomaz

Estive a pouco no lançamento do filme Sonhos Rourados, dirigido pela Sandra Werneck. O filme traz em sua temática central a discussão sobre como adolescentes, em especial de baixa renda tem sido exploradas sexualmente. Resultado da adaptação do livro da Eliane Trindade, onde é relatado a história de 6 meninas de ate 20 anos que passaram por histórias semelhantes. No filme, através de uma estética mais lírica, é descrito a história destas 6 personagens em apenas 3, Jéssica, Sabrina e Daiane.
O que achei muito interessante no filme foi a maneira como a produção e as atrizes conseguiram incorporar e nos trazer a cultura local. Processo que segundo relato da produção do filme se deu principalmente por que não houve uma tentativa de retratar o lado bem ou o mal, mas apenas a intenção de retratar, sem julgamentos. O tempo todo, fica ressaltado que apesar das meninas terem atitudes condenáveis em termos morais, elas são felizes, se apaixonam e tem propósitos além da vontade de ter uma vida fácil enquanto prostitutas.
O filmado feito no Morro do Vidigal com o acompanhamento da ONG Meninos do Morro e traz cenas fortes como bailes funks e o cotidiano a favela com traficantes armados o tempo todo. No entanto, apesar o clima de tensão, segundo a atriz Amanda Diniz (Daiane no filme) durante a filmagem em momento algum ela foi tratada como diferente ou vitima de qualquer violência pelos moradores da favela.
O filme, além da ótima pesquisa e condução, traz consigo a proposta incorporada de denunciar estes abusos, deixando aberta a divisa de até onde é abuso e onde começa a prostituição. E serve como incentivo para que meninas na mesma situação de motivem a denunciar tal situação.
Veja o trailer no Youtube: www.youtube.com/watch?v=CbD5FAXyVyk e não perca a estréia.
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30 de abr. de 2009
No minimo tosco - Rio sem Favelas
Por
Vitório Tomaz
E o que vamos fazer com todo mundo? Jogar embaixo do tapete ou mandar o B.O.P.E. matar?
é incrivel como a comunicação, ora jornalistica, ora publicitária é capaz de fazer absurdos.
30/04/2009 - 10h51
Favelas do Rio de Janeiro somem em filme para o COI
SÉRGIO TORRES
da Folha de S.Paulo, no Rio de Janeiro
O comitê organizador da candidatura carioca à Olimpíada de 2016 apresentou à Comissão de Avaliação do COI um filmete de cinco minutos e fotografias aéreas que mostram um Rio de Janeiro sem favelas nas áreas vizinhas aos locais em que as competições serão disputadas, caso a cidade seja escolhida.
A apresentação aconteceu ontem de manhã para os 13 especialistas e esportistas estrangeiros enviados pelo Comitê Olímpico Internacional para avaliar se o Rio de Janeiro tem condições de sediar os Jogos.
Do encontro participaram o ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., o governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) e o prefeito Eduardo Paes (PMDB).
Nenhum dos representantes do COI falou com jornalistas. No discurso das autoridades brasileiras --prefeito, governador e ministro--, o encontro foi extremamente positivo.
"Nós nos saímos muito bem. Não é um autoelogio. (...) Foi uma manhã nota 10. Estamos no rumo certo. (...) A chance do Rio de Janeiro é muito grande", afirmou Cabral.
Preparado pelo Rio-2016 --comitê formado por COB (Comitê Olímpico Brasileiro) e governos federal, estadual e municipal--, o filme mostra como deverá estar o Rio no ano da disputa dos Jogos, se for mesmo escolhido sede olímpica.
A capital fluminense foi dividida em quatro áreas: Copacabana (zona sul), Barra da Tijuca (zona oeste), Deodoro (zona oeste) e Maracanã (zona norte). Em cada uma delas foram mostrados estádios, vilas esportivas, locais de disputas. Não havia favela em nenhuma.
De acordo com o diretor de marketing do comitê, Leonardo Gryner, a omissão não foi deliberada. "Não tiramos nenhuma favela. Pode ser que pelo corte elas não tenham aparecido, mas não tiramos nenhuma favela", declarou ele.
Um exemplo da ausência de favelas pode ser notado no Maracanã, estádio ladeado pelo morro da Mangueira. A favela não aparece no filme. O estádio, com todas as modificações planejadas para o ano da Olimpíada, é mostrado de um ângulo que a mantém oculta.
Da mesma forma, na região da Barra da Tijuca e de Jacarepaguá, onde ficarão a Vila Olímpica e diversos prédios e unidades relacionados aos Jogos, não foram mostradas as favelas de Cidade de Deus, Rio das Pedras e Gardênia Azul.
Também o estádio João Havelange (o Engenhão, na zona norte) aparece no filme em ângulo no qual não são mostradas as favelas ao redor. Até as imagens panorâmicas, quase em círculo, do Corcovado, não exibem os morros povoados que existem nas vizinhanças, como Dona Marta e Cerro Corá.
Responsável pela apresentação dos futuros pontos de competição, o diretor de esportes do comitê, o ex-atleta Agberto Guimarães, repetiu em sua palestra e em uma entrevista que uma das metas da equipe é chamar a atenção dos avaliadores do COI para a natureza privilegiada do Rio de Janeiro.
"A gente tem que explorar as belezas do Rio, as praias", declarou Agberto, que mostrou aos emissários do comitê olímpico uma foto da praia de Copacabana em que, à distância, a favela do Cantagalo é quase que obscurecida pelos raios solares.
é incrivel como a comunicação, ora jornalistica, ora publicitária é capaz de fazer absurdos.
30/04/2009 - 10h51
Favelas do Rio de Janeiro somem em filme para o COI
SÉRGIO TORRES
da Folha de S.Paulo, no Rio de Janeiro
O comitê organizador da candidatura carioca à Olimpíada de 2016 apresentou à Comissão de Avaliação do COI um filmete de cinco minutos e fotografias aéreas que mostram um Rio de Janeiro sem favelas nas áreas vizinhas aos locais em que as competições serão disputadas, caso a cidade seja escolhida.
A apresentação aconteceu ontem de manhã para os 13 especialistas e esportistas estrangeiros enviados pelo Comitê Olímpico Internacional para avaliar se o Rio de Janeiro tem condições de sediar os Jogos.
Do encontro participaram o ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., o governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) e o prefeito Eduardo Paes (PMDB).
Nenhum dos representantes do COI falou com jornalistas. No discurso das autoridades brasileiras --prefeito, governador e ministro--, o encontro foi extremamente positivo.
"Nós nos saímos muito bem. Não é um autoelogio. (...) Foi uma manhã nota 10. Estamos no rumo certo. (...) A chance do Rio de Janeiro é muito grande", afirmou Cabral.
Preparado pelo Rio-2016 --comitê formado por COB (Comitê Olímpico Brasileiro) e governos federal, estadual e municipal--, o filme mostra como deverá estar o Rio no ano da disputa dos Jogos, se for mesmo escolhido sede olímpica.
A capital fluminense foi dividida em quatro áreas: Copacabana (zona sul), Barra da Tijuca (zona oeste), Deodoro (zona oeste) e Maracanã (zona norte). Em cada uma delas foram mostrados estádios, vilas esportivas, locais de disputas. Não havia favela em nenhuma.
De acordo com o diretor de marketing do comitê, Leonardo Gryner, a omissão não foi deliberada. "Não tiramos nenhuma favela. Pode ser que pelo corte elas não tenham aparecido, mas não tiramos nenhuma favela", declarou ele.
Um exemplo da ausência de favelas pode ser notado no Maracanã, estádio ladeado pelo morro da Mangueira. A favela não aparece no filme. O estádio, com todas as modificações planejadas para o ano da Olimpíada, é mostrado de um ângulo que a mantém oculta.
Da mesma forma, na região da Barra da Tijuca e de Jacarepaguá, onde ficarão a Vila Olímpica e diversos prédios e unidades relacionados aos Jogos, não foram mostradas as favelas de Cidade de Deus, Rio das Pedras e Gardênia Azul.
Também o estádio João Havelange (o Engenhão, na zona norte) aparece no filme em ângulo no qual não são mostradas as favelas ao redor. Até as imagens panorâmicas, quase em círculo, do Corcovado, não exibem os morros povoados que existem nas vizinhanças, como Dona Marta e Cerro Corá.
Responsável pela apresentação dos futuros pontos de competição, o diretor de esportes do comitê, o ex-atleta Agberto Guimarães, repetiu em sua palestra e em uma entrevista que uma das metas da equipe é chamar a atenção dos avaliadores do COI para a natureza privilegiada do Rio de Janeiro.
"A gente tem que explorar as belezas do Rio, as praias", declarou Agberto, que mostrou aos emissários do comitê olímpico uma foto da praia de Copacabana em que, à distância, a favela do Cantagalo é quase que obscurecida pelos raios solares.
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