28 de mar. de 2011

Hora do Planeta 2011 – Quem apagou a luz para ter um mundo melhor?

Este texto é de autoria do Luiz Fernando Severo Santos.

Como foi pra você ficar uma hora sem utilizar qualquer tipo de energia elétrica? O que fazer no mundo globalizado do século XXI, sem usar meios considerados essenciais para vida no cotidiano como computadores, televisão, rádio... Luz elétrica?

O evento A hora do Planeta promoveu esta pergunta se posicionando frente ao aquecimento global , ao pedir este simples gesto: que todos desligassem as luzes em um tempo de 60 minutos.

A hora do Planeta, internacionalmente conhecida como Earth Hour começou em 2007 em Sidney, na Austrália e no Brasil existe desde 2009, sendo organizado pela WWF-Brasil. Cartões postais como O Cristo Redentor e o Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro, a Catedral de Brasília, a Ponte Estaiada, em São Paulo desligaram suas luzes por 1 hora, provando a grande motivação deste movimento e sua responsabilidade que já conta com o apoio e participação de grandes empresas, do governo, cidades e também de milhões de pessoas.

Este ano, o evento aconteceu sábado, dia 26 de março, das 20h30 às 21h30. No site do evento são mostradas alternativas e sugestões para o que se fazer sem energia elétrica por 1 hora e também galeria de fotos e vídeos de tudo que este gesto simbólico já fez seguindo a mesma linha de raciocínio: a mudança individual contribui para a melhora no coletivo.

Por mais que muitos critiquem e desdenhem dessa ação, argumentando que é puro lance midiático, já que nosresto do ano essas mesmas pessoas, empresas e governos não agem com responsabildiade em relação ao planeta, o fato é que a sustentabilidade ainda é uma preocupação restrita a alguns setores da sociedade. Toda ação que divulgue, amplie e mobilize a sociedade é válida porque se não houver sensibilização, não haverá mudança.

Abaixo, o vídeo promocional deste ano de 2011.


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27 de mar. de 2011

AME - Associação das Mulheres Evoluídas?

Certamente existe uma quantidade significativa de colegas de profissão que farão a leitura desta crítica e vão ver como mais uma critica chata, de alguém que não sabe fazer a leitura de peças de humor como elas devem ser encaradas. Mas acredito que antes de observar esta campanha como uma peça de humor, precisamos olhar para a Bombril como uma marca com longo relacionamento com o consumidor, que antes mesmo de ser capaz de criar peças de humor, trata-se de uma marca capaz de influenciar culturalmente, em especial pela credibilidade alcançada ao longo dos anos. Portanto, não seria sensato eximir a Bombril desta responsabilidade e analisar a sua peça apenas como mais uma peça engraçadinha para chamar a atenção do consumidor. Para entender melhor  contexto em que surge esta crítica, sugiro o acesso ao site da campanha: www.mulheresevoluidas.com.br e que assista ao vídeo:


Caso queira ver os outros vídeos da campanha acesse o canal no You Tube: www.youtube.com/user/MulheresEvoluidas

A questão é que a campanha, surge na contramão do que tem  sido feito para a construção de um mundo mais igual, onde seremos capazes de respeitar e valorizar as diferenças como algo essencial para a sobrevivência. Evoluir em sentido de valorizar as diferenças me parece um pouco diferente da idéia de vencer os homens e fazer com que eles sejam tão eficazes quanto os produtos da Bombril. 
A relação que costumo fazer é a de que feminino está para masculino, fêmea está para macho e machismo está para femismo. E que esta é uma campanha femista.
Não é que as moças tenham ficado feias com os ternos, mas talvez ela não precisem se vestir como quem está indo para a selva para serem respeitadas. O tom mais ácido da campanha está na "brincadeira" on-line, onde a usuária insere a sua foto e a foto do "seu" parceiro,  e passa a ser a dona da situação, vejam aqui: www.mulheresevoluidas.com.br/comodeveria. Apesar do bom humorado, será mesmo que não existia nenhuma outra maneira que  de propor a campanha que não seja contraproducente?
Bola fora de novo pra marca, que por sinal teve uma campanha com informações enganosas quanto a sua preocupação com o meio ambiente (publizitat.blogspot.com/2011/03/bombril-as-esponjas-biodesagradaveis.html) retiradas do ar pelo CONAR no mês passado.


 

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24 de mar. de 2011

Campanhas motivadoras, mas....

A idéia deste post não é necessariamente fazer um apontamento sobre o que está certo ou não, gosto dos vídeos abaixo, e acho bom que as marcas nos ajudem a acreditar em um mundo melhor, mas ficam os questionamentos: até onde é ético uma empresa produzir um vídeo com dados de um mundo melhor, e atrelar sua marca a eles sem que, no entanto, a empresa seja a responsável por estas mudanças?

Abaixo, seguem dois vídeos ilustrando tal questionamento, o primeiro recebi há algumas semanas da Roberta Navas, e trata-se de uma campanha institucional do Itaú, muito cativante por sinal:



O segundo vídeo assisti no intervalo do Jornal Nacional de segunda-feira, É um vídeo da Coca-Cola, que traz uma série de comparações que nos induzem a acreditar que existe um mundo muito melhor do que o mundo onde Árabes clamam por democracia e brasileiros morrem por enchentes:


Em ambos os casos, a estrutura do discurso é muito semelhante, apesar do Itaú tratar de dados com uma facilidade muito maior de verificação que o vídeo da Coca-Cola. No entanto, a frase de abertura do vídeo da Coca-Cola, que nos diz que o vídeo foi baseado em estudos dá todo um ar de documentário para o vídeo.
E a pergunta que me veio é: apesar dos lindos e motivadores vídeos, quais informações deles me fazem ver as empresas responsáveis como parte deste ambiente de mudanças? Existe de fato algum crédito ou ambos estão apenas atrelando sua imagem a dados que tem pouco ou nenhuma interferência? Fica o questionamento...

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18 de mar. de 2011

A vingança dos Consumidores

Atenção empresas: os consumidores aprenderam a usar as redes sociais e o acesso a internet a seu favor. Na semana de aniversário do código de defesa do consumidor, a boa nova é que a informação se democratizou, e deu poder de voz aos que deveriam ser a razão de existir das empresas. Abaixo, apontamos 4 casos clássicos de reclamações q se espalharam na net. Qual deles vc acha q trouxe mais prejuizos à imagem das empresas?

1. Contra a Renault
A consumidora que comprou um Mégane (carro caro) e não consegue ter seu problema resolvido cria um site Meu Carro Falha, que é muito bem feito e onde conta toda a sua (triste) história.



2. Contra a United Airlaines.
O 1o case de sucesso de uma reclamação. A combinação ironia e música num videoclipe do youtube que teve milhões de acessos e deu a um cantor desconhecido o status de celebridade.



3. Contra a Net
Essa é genial pq usa o comercial real para inverter totalmente a mensagem. Até o título é apropriado.



4. Contra a Dafra
É o mesmo caso da ideia anterior, só que aqui a linguagem é mais pesada e apelativa. O tom é de denúncia e indignação.


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15 de mar. de 2011

Publicidade para Criança tem debarte acirrado na PUC



O debate promovido pelo Instituto Alana no último dia 16 no auditório Paulo Freire do TUCA atraiu um público de alunos da graduação da PUC-SP, sobretudo do curso de Publicidade. Havia também alunos de Psicologia, Serviço Social, Economia e História, mas os da Publicidade estavam em maior número. Após exibição do filme Criança: a alma do negócio, os debatedores foram muito enfáticos sobre o quanto o mercado de produtos infantis, sobretudo o do setor de alimentos, é pouco ético. Muitas pessoas da platéia questionaram a banca no sentido de colocar que a publicidade não seria "culpada" por todos os males, pois esse processo passa pela articulação global entre grandes corporações, que resulta num lobby muito forte das indústrias de brinquedos, entretenimento e alimentos dirigidos às crianças e contam c o aval da burocracia governamental. Ao final, alguns palestrantes citaram q o problema ético é geral (pois também anbrange as áreas da economia, direito, entre outras) e que o maior passo que podemos dar é debater democraticamente esse assunto, de forma a grantir a participação ampla e irrestrita de toda sociedade. Enquanto isso, o projeto que prevê a proibição de publicidade dirigida às crianças continua parada na AGU - Advocacia Geral da União (ou seja, hoje o dilema ético reside no meio jurídico).
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Plástico Verde: a tecnologia dá resposta aos desafios ambientais

Este post é de autoria de Paula Rumachella.

A Braskem é uma empresa do setor petrolífero responsável pelo plástico verde, um
polietileno lançado em julho de 2007 e que é feito inteiramente de fontes renováveis. Esse mesmo plástico obteve a validação do laboratório internacional Beta Analytic, assumindo assim a liderança mundial em produção de biopolimeros ao inaugurar a primeira planta de eteno verde, em 2010.

Essa iniciativa aparentemente mostrou o compromisso da empresa com a criação de valor por meio do desenvolvimento sustentável levando esse principio para a sua cadeia produtiva, alcançando seus clientes. A cada tonelada de polietileno verde produzido seriam capturadas e fixadas até 2,5 toneladas de CO2 da atmosfera, diminuindo seu impacto ambiental.


Com isso a marca I’m
Green foi criada para diferenciar produtos que usam o plástico verde dos demais. Várias empresas “abraçaram” a ideia e passaram a adotar o mesmo, entre elas estão a Acinplas, Brinquedos Estrela, Cromex, Ecover, Embalixo, Johnson &Johnson, Natura, Petropack, Procter e Gamble, Shiseido, Tetrapak e a Toyota Tsusho. Mesmo com todas essas iniciativas ainda sobra um lugar para a dúvida, se essas mesmas iniciativas foram tomadas para aumentar o prestigio da empresa perante o público em um tempo onde se discute diariamente o impacto ambiental do homem no meio ambiente ou se a empresa está realmente se responsabilizando pelo seu impacto no meio ambiente e fazendo algo a respeito.
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11 de mar. de 2011

Último dias para votar no primeiro prêmio de consumo e iniciativas sustentáveis

O GreenBest é o primeiro prêmio de consumo e iniciativas sustentáveis com abrangência nacional e que elege os vencedores de diversas áreas e setores que investem na sustentabilidade por meio de votação popular e de um júri especializado, batizado de Academia GreenBest, que terá seus votos auditados pela Ernst & Young Terco.

O objetivo desta premiação é ressaltar as melhores iniciativas, atuações e os melhores produtos e projetos para, assim, criar exemplos capazes de guiar este mercado da sustentabilidade.

A inclusão da votação popular traz uma conscientização e aproxima a população de questões socioambientais, além de fazer com que as empresas recebam um feedback da percepção do mercado e dos consumidores.

O GreenBest acredita que somente unindo a opinião de profissionais da área e a demanda e avaliação do público que o mercado pode se desenvolver com altos patamares de exemplos, modelos e parâmetros.

A idealização do Prêmio GreenBest fica por conta do empresário Marcos Wettreich, criador do prêmio iBest em três países (Brasil, México e Espanha), também conhecido como o Oscar da Internet. Para esta primeira edição foram selecionadas 16 áreas e setores que apresentam hoje maior maturidade e número de iniciativas ligadas à sustentabilidade. O GreenBest é uma realização do Greenvana, empresa que tem a missão de ser referência de consumo e comportamento sustentável no Brasil.

Em nossa opinião, trata-se do q o próprio texto cita, um prêmio do MERCADO para o MERCADO. Mas, de toda forma, vale como parâmetro quanto a opinião, percepção e tendência do público votante acerca desse tema. Que a sustentabilidade, ponta de lança de uma economia verde, está se tasnformando num revestimento simbólico que legitima o maior lucro do capital que investe em produtos com este selo não é novidade. O que precisamos é ficar sempre atentos aos mecanismos utilizados pelo mercado para alcançar tal legitimação, o que na nossa opinião, é caso desse prêmio GreenBest.


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1 de mar. de 2011

Bombril, as esponjas biodesagradáveis

Este post é de autoria da Patricia Perressim.

A W/McCann lançou uma nova campanha para evidenciar os atributos sustentáveis da palha de aço da marca Bombril, mostrando que, ao contrário das palhas sintéticas, as da Bombril se desintegram na natureza e viram pó e são, por isso, uma "aliada" do meio ambiente.

Mais uma vez, o garoto propaganda mais conhecido de todos os tempos - Carlos Moreno, informa aos consumidores de Bombril, que além sempre ter se preocupado com a sustentabilidade por essa nova forma de degradação, esta também pode substituir as esponjas em qualquer cozinha.

Com a frase "Hoje só se fala em ecologia, mas a senhora sabia que Bombril ja nasceu ecológico?" pode-se notar que é quase uma alfinetada da marca nas outras empresas de grande porte, que antes não colocavam isso em pauta. E só o fazem agora, porque cada vez mais os consumidores estão preocupados em saber do descarte e como as marcas se envolvem na relação consumo vs meio ambiente. A proposta da Bombril é que os seus consumidores não precisam se preocupar, dando a entender que esta sempre se preocupou com isso, apenas não divulgou.

Será que mostrar aos consumidores que usar a palha de aço ao invés das esponjas sintéticas foi uma boa jogada? Parece que não, afinal a Bombril foi expulsa do Pacto global da ONU recentemente e a campanha foi tirada pelo Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) pelo fato de o comercial não ter embasamento para dizer que a palha de aço é mais ecológica do que as esponjas convencionais. A Bombril se pronunciou mês passado, unicamente dizendo que a campanha já está fora do ar.



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Mudanças já: campanha de cosmético inova ao fazer da marca a própria mensagem

Este texto é de autoria do Luiz Fernando Severo Santos e Conceição Golobovante

No Brasil, estamos acostumados a apenas ter Natura como exemplo de empresa do segmento de cosmético com apelo sustentável. Mas agora, eis que surge uma marca que carrega no próprio nome a procupação ecológica: Stop the water while you using me (Pare o consumo de água enquanto me usa).

O filme ainda não está no You Tube, portanto, não dá pra postar o video direto. É preciso clicar no aqui para assistir ao video. Mas a gente garante que vale a pena.

O minimalismo marca o comercial, que tem apenas trilha e traços em movimento com letterings que informam os diferenciais da fabricação do produto e sua preocupação ecológica. Este case nos faz refletir sobre o quanto podemos poupar água e melhorar seu uso. Trata-se de um alerta de reciprocidade de atos para que se erradique o desperdício de água, tanto por parte da empresa de cosmético quanto do consumidor.

O slogan “Stop the water while using me” (pare a água enquanto me usa) e o texto ao longo do comercial reforça a ideia de mudanças que todos precisamos fazer para que o mundo não caminhe para extinçãoda água potável provocada por nós mesmos.

O texto Crises e Oportunidades, no item “Resgatar a capacidade de gestão pública” trata justamente desta tarefa um tanto árdua que temos de superar, com a substituição da cultura do desperdício de bens naturais por iniciativas inovadoras, como este comercial, ou nem tanto, como fechar a torneira enquanto se escova os dentes.

Mudanças em larga escala só devem acontecer com uma participação significativa do Estado, planejando, executando e informando, mas no nível individual o bom senso faz toda a diferença. Podemos e devemos usá-lo como uma das principais armas contra este velho e mau costume, pois como descreve o texto crises e oportunidades, “a única pergunta realista é se queremos pagar um preço menor agora, ou muito maior mais à frente”. No caso dessa marca, sua inovação fica por conta de trazer no próprio nome da marca a sua mensagm principal. O filme ainda não está no You Tube, portanto, não dá pra postar o video direto. É preciso clicar no aqui para assistir ao video. Mas a gente garante que vale a pena.

Advertising Agency: Korefe, Hamburg, Germany
Creative Director:
Katrin Oeding
Illustrator:
Jan Richter
Director:
Jan Richter
Production Companies: Pixelbutik, Tony Petersen Film


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