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13 de out. de 2009

Choque de visões - o que vi na sabatina da Folha de S. Paulo

Acabei de sair da sabatina realizada na PUC-SP pela Folha de S. Paulo com o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli. Antes de comentar qualquer coisa de maneira precipitada, li na Folha Online as seguintes matérias, para confirmar se realmente batem com o que foi dito:

Conclusão: algumas coisas ficaram claras a respeito desta sabatina, e certamente você NÃO verá nas manchetes da Folha:

Desde o início ficou clara a intenção da Folha de atacar o governo batendo na Petrobras, cujo presidente é petista. Durante quase toda a sabatina, os jornalistas buscaram brechas nas leis que regem a exporação do petróleo, vigentes há anos. Segundo o próprio Gabrielli, se antes a mídia era a favor destas leis, por que agora as condenam tanto? Será que o mesmo vai ocorrer caso o próximo governo seja da atual oposição?

Outro ponto importante levantado - e abafado prontamente - na sabatina é o abismo tecnológico que se formou no país. De um lado, temos a indústria petrolífera, cuja maior riqueza não é o lucro vindo da extração e venda do petróleo, e sim o conhecimento produzido ao longo de várias décadas de aprimoramento, obtido muitas vezes no sistema de tentativa e erro. Do outro lado, a população, que mal conhece como funciona a indústria do petróleo, e carece de informações para decidir - através do governo - quais rumos tomar. A quem cabe a tarefa de informar a população? A mídia? O governo? O mercado?

Questões ambientais: Vi muitas pessoas na plateia rascunhando perguntas sobre este tema, mas a Folha não demonstrou muito interesse em abordá-los. O que se viu e ouviu claramente foi quatro jornalistas sendo ownados* por não saberem que a Petrobras ainda faz parte do Dow Jones Sustainability Index, e que só saiu do Índice de Sustentabilidade Empresarial da Bovespa por pressões políticas. "De quem?", perguntaram os quatro. "Ora, vocês sabem", respondeu o homem. Foi o suficiente para voltarem ao tema política, com uma aparência visivelmente abatida.

Para finalizar, uma das coisas que ficou mais clara nestas duas horas e pouco: a diferença de visões entre a Petrobras e a sociedade sobre o mesmo assunto, o que ainda pode complicar muito o debate: É natural das empresas petrolíferas lidarem com riscos e enxergarem as situações com uma visão de longo prazo, ligada ao planejamento detalhado e ao aprimoramento obtido ao longo de décadas. Por outro lado, a sociedade (e nisso se encaixam a mídia, você e eu), ainda não compartilham plenamente deste tipo de visão, pois culturalmente ainda estamos presos ao planejamento a curto prazo, de 4 em 4 anos.

Se compararmos nossa história com a da indústria do petróleo, acabamos de sair de uma ditadura (ou ditabranda, como preferir), e após vários planos econômicos mal sucedidos, só recentemente obtivemos um crescimento mais acelerado, o que ainda não foi assimilado por muita gente. Enquanto a Petrobras ainda faz testes para definir como será a extração, já tem gente fazendo as contas de como investir os lucros do pré-sal, seja na educação, saúde, infra-estrutura ou até mesmo nas Olimpíadas de 2016, contando com o ovo que a galinha ainda não botou..

*Ainda não sabe o que significa ownado? Então clique aqui.


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9 de out. de 2009

Sabatina com José Sergio Gabrielli, presidente da Petrobras, dia 13/10 na PUC-SP

Recebi esta notícia hoje pela newsletter diária da PUC-SP. O jornal Folha de S.Paulovai sabatinar o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, no TUCA (Teatro da Universidade Católica). Gabrielli será entrevistado por Maria Cristina Frias, colunista da Folha, Sérgio Malbergier, editor do caderno Dinheiro, e Valdo Cruz, repórter especial, entre outros. Além disso, você também pode participar do evento, se inscrevendo no telefone 11 3224 3473, ou pelo e-mail eventofolha@grupofolha.com.br. Basta informar nome completo, RG, telefone e código de assinante (em caso de assinantes da Folha).

A esta altura você já deve imaginar qual o principal assunto da sabatina: o pré-sal. Mas qual a importância desta sabatina?



Logo após o anúncio da descoberta dos poços de petróleo no pré-sal, toda a sociedade se pergunta sobre o que será feito com os lucros, ao mesmo tempo em que cada setor vende seu peixe na esperança de obter o apoio da opinião públicaalguns acreditam que o pré-sal financiará a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, enquanto outros querem usar o dinheiro para financiar a educação, saúde pública, entre outras necessidades e vontades.

Pessoalmente, não estou interessado em apontar qual o melhor uso para um dinheiro que ainda não existe, e talvez nem possa existir, como a própria história da indústria petrolífera ensina. Meu maior interesse nesta questão é observar mais de perto esse cabo de guerra ideológico e ver que frutos ele trará para nosso país.


O petróleo do pré-sal pode trazer grandes oportunidades para o Brasil, desde que seja bem usado. Senão...


Já estou acompanhando as discussões há algumas semanas, e me inscrevi para participar (mesmo não assinando a Folha). Acompanhe aqui no Publizität quem são e o que pretendem as forças que tentam puxar para si a opinião pública numa tentativa de comer um ovo que a galinha ainda nem botou.

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15 de ago. de 2009

Propaganda e Contra Propaganda: Exxon x Avaaz. Assista aos vídeos e tire suas conclusões

Essa semana entrei no site do Avaaz (aonde cheguei pela dica do Vitório) que é um coletivo virtual de mobilização em prol de causas globais, e vi que eles produziram um comercial contrário ao comercial da petroquímica multinacional Exxon, que fez uma recente campanha apregoando sua preocupação com o meio ambiente. Como não achei nenhum dos dois no You Tube, o jeito é ir nos links da Exxon e da Avaaz para assistir.

1. Comercial da Exxon
2. Comercial da Avaaz

Enquanto a Exxon vem na linha de argumentação tradicional, da promessa e da justificativa, que promete impactar menos o meio ambiente com a tecnologia R3M, por meio do testemunhal de um de seus engenheiros, o filme da Avaaz desconstrói o discurso da Exxon ao denunciar que o real objetivo das indústrias petroquímicas é comandar o novo acordo em torno das mudanças climáticas. Para quem pesquisa a comunicação persuasiva, os argumentos utilizados por um e por outro são uma aula de retórica de posições absolutamente contrárias. A nós, cabe julgar e dar nossa opinião.
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