22 de ago. de 2011
Cai preocupação com o consumo consciente
Desde 2007, a Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio - RJ), em parceria com a empresa de Ipsos, vem realizando anualmente pesquisa sobre o consumo sustentável dos brasileiros. Ao todo, 70 cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Recife, Belo Horizonte e Salvador participam do processo.
Infelizmente, os dados deste ano de 2011 não são animadores. Mesmo com as inúmeras informações sobre os problemas ambientais que o mundo vem enfrentando, é cada vez menor o número de brasileiros que mantém hábitos conscientes de consumo.
O levantamento mostrou que, hoje, 57% dos entrevistados possuem esses hábitos saudáveis, enquanto que em 2007 o número era superior a este, 65%. Outra queda que foi verificada é quanto à preocupação dos brasileiros com o desperdício. Se naquele ano 76% deles verificavam os armários e a geladeira antes de fazer compras, neste somente 72% têm essa prática. Estes números incluem a escolha de produtos ecologicamente corretos nas estantes dos mercados, a preocupação em verificar se os produtos adquiridos eram geneticamente modificados ou transgênicos, a reciclagem do lixo e a preocupação em fechar a torneira ao escovar os dentes.
Outro ponto crucial da pesquisa é sobre a saúde desses mesmos participantes. Apenas 25% afirmaram que não verificam a data de validade do produto comprado (em 2007, eram 22%) e 72% disseram que checavam se a embalagem do produto estava danificada. Esta mesma preocupação foi constatada em 78% deles há quatro anos.
Para Christian Travassos, economista da Fecomércio-RJ, o preço dos produtos ecologicamente corretos pode inibir, em alguns casos, a adesão por parte dos consumidores. "O órgão mais sensível do consumidor é o bolso e ele pondera na hora do mercado. O orgânico é muito legal e ético, mas não tenho condições de comprar’. Não é uma questão estática porque o governo tem condições de incentivar o ‘mais verde’ e ‘ecologicamente correto’ via dedução de impostos e deduções fiscais”, comenta o economista.
Travassos ainda alerta “muitos hábitos não envolvem custos”, citando que outras práticas do consumidor, como a seleção de lixo dentro de casa e o reaproveitamento do óleo de cozinha, podem ser feitas. Sobre o futuro desta consciência, o economista diz “a grade curricular de muitas escolas aborda os temas e isso é uma tendência para os próximos anos”.
1 comentários:
Concordo com o fato de que as pessoas deixam de comprar os produtos muitas vezes porque o que é verde é mais caro.
Acho que quanto à separação de lixo, reaproveitamento do óleo e até mesmo verificação da geladeira e armários antes das compras não ocorrem até por uma questão de tempo e muitas vezes por comodismo, preguiça.
Acho que o que precisa ser observado é o motivo que fez os números caírem, se antes mais pessoas eram adpetas, o que fez com que elas desistissem ou deixassem de lado essas práticas?
Pensando nisso é mais fácil achar um modo de incentivar as pessoas a terem um consumo sustentável.
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