12 de jan. de 2010
A praia é da propaganda
Por
Conceição
Depois do choque de ordem que a Prefeitura do Rio executou nas praias cariocas, as praias de São Paulo ficam entre a invasão da propaganda e a briga institucional entre municípios e união para saber quem manda no trecho litorâneo.
No final do ano passado, a Justiça Federal determinou que a Prefeitura do Guarujá retirasse toda a publicidade das estruturas montadas na areia da praia.
A ação foi movida pelo núcleo de Santos da AGU (Advocacia-Geral da União), porque a área da orla de todo o país pertence ao governo federal e a prefeitura não tinha autorização para ocupar a areia. Mesmo sem aval da SPU, a prefeitura havia baixado decreto que deu à empresa Front 360 a permissão de explorar a publicidade na areia, sem licitação. A empresa também havia ganho o direito de espalhar a publicidade em cadeiras, guarda-sóis, geladeiras e mesas e cobrar dos anunciantes pela exposição.
O presidente da Ampro (Associação de Marketing Promocional), Guilherme de Almeida Prado, se diz contrário à proibição de publicidade nas praias e afirma que ações de promoção de produtos e marcas podem ser benéficas aos banhistas.
"Há muitas ações que beneficiam a orla, como as de empresas que fornecem sacos de lixo aos banhistas e pulseirinhas [de identificação] para crianças. Em muitos lugares, empresas emprestam equipamentos esportivos, de graça", afirma.
Ele defende que haja regulação do uso desse espaço para coibir exageros, como a poluição visual, mas diz que "o próprio mercado se autorregula".
"Dificilmente uma marca vai se apropriar de toda uma praia. A própria concorrência das barracas vai oferecer outras opções.
O vice-presidente executivo da Aba (Associação Brasileira de Anunciantes), Rafael Sampaio, também é contra a proibição total dos anúncios. "Se estamos em uma área pública, a regulação é necessária. Mas somos a favor da colaboração entre anunciantes e o poder público, para retirar só o que é abusivo e inadequado." Fonte: FOlha de S. Paulo de hoje, 12/1/10.
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1 comentários:
É incrível como apesar de tosco ainda predominan argumentos deste tipo, defendendo a livre regulação do mercado.
Será que eles não percebem o quão mentiroso isto ecoa, deveria pelo menos nos respeitar oferecendo respostas minimamente inteligentes.
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