15 de out. de 2009

O suicídio e a comunicação

Este post deveria ser um comentário para o post do Cláudio. Mas quando estava prestes a clicar em "Publicar comentário", notei que estava falando de outro assunto, mas ainda dentro do mesmo tema.

Em uma palestra na Rede Globo, na qual fui ainda este ano, um jornalista disse que não noticiam suicídios, como forma de evitar que a ideia se propague, gerando novos casos. No máximo, você ouvirá um "...foi encontrado morto".

E isto é comprovado não só por estudos mas pela própria prática, e não é de hoje: O livro Os Sofrimentos do Jovem Werther, de Goethe, causou uma onda de suicídios quando foi publicado. Vários outros romances também relatam o suicídio, como Madame Bovary, de Gustave Flaubert; Romeu e Julieta, de Shakespeare; sem falar nos livros de Hemingway, que além de retratar o suicídio em várias obras suas, também se suicidou em 1961.

Se tudo isso ocorreu em uma época onde os livros eram o principal meio de propagação de ideias, imagine como seria hoje, guardadas as devidas proporções?

1 comentários:

Unknown disse...

A questão por trás acredito que seja qual a dimensão do caos que estamos vivendo, o quão descontente e iludidas estão as pessoas com este mundo que elas forcosamente continuam construindo com suas jornadas de 12 horas de trabalho.

Será mesmo que todos os direitos humanos são cumpridos, ou será que sobre o pretexto do livre arbitrio estamos sendo persuadidos a acreditar que somos nós que tornamos a nossa vida um inferno?

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