25 de mai. de 2009

Filme publicitário: ciência, arte e marketing ao mesmo tempo.

Todo mundo que lida com propaganda sabe que um dos maiores desafios dela, senão o maior, é a criação do filme comercial. E por que? Ele tem que ser a síntese de uma biblia de informações q vieram do briefing, pesquisa, planejamento, posicionamento enfim... a ponta visível de todo o trabalho, longo e árduo, de negociação entre anunciante, agência, produtora, pós-produção, veiculos etc. É um exército de pessoas que são muito exigidas e muito pouco reconhecidas em relação ao que fazem, posto que nós temos o péssimo hábito de citar sempre os mesmos filmes como referência (quantas vezes vc já viu uma referência ao 1o soutien?). Então, sobre os dois filmes recentemente comentados aqui no Publizität, os comentários me levaram a refletir. Sobre o filme da Gisele para Ipanema, realmente o Clauido tem razão quando lembra que a imagem remete ao desperdicio da água (típica assimetria entre forma e conteúdo) , e a "cola" do filme da Brastemp é flagrante, como um dia já foi o comercial da Fiat em cima do filme Dogville. Então, será que essa carona não é proposital? Para gerar reconhecimento instantâneo no receptor é preciso remeter ao que ele já conhece. A pressão é toda em cima da síntese que comunica. Acho que o blog Cinema Curto é uma boa referência para quem quer trilhar o caminho da produção audiovisual publicitária. Vale a visita e as entrevistas, além do acervo de filmes.

2 comentários:

Rafael Figueiredo disse...

Em muitos casos, eu creio que o desejo seja exatamente esse: remeter a algo que o receptor/cosumidor já conhece.
O problema que eu vejo é que na maioria dos "copia e cola", isso acaba gerando uma imagem ruim para marca.
A Feist, por exemplo, não é uma cantora extremamente conhecida no Brasil, então se a campanha foi feita para atingir pessoas que reconhecessem a estética do comercial, a referência. Então faltou pesquisa sobre quem é esse público. Li várias críticas ao comercial em blogs de música.

Rafael Figueiredo disse...

Digitando "Feist Brastemp" no google, aparecem:

http://indieoteca.blogspot.com/2009/05/feist-e-uma-brastemp.html

http://blogalternativa.com.br/2009/05/novo-comercial-da-brastemp-copiou-a-musica-1234-da-feist/

http://bullet.updateordie.com/video/2009/05/brastemp-ative-a-inspiracao-esta-aqui/

http://zeoffline.com/tag/feist/

e vários outros posts com as palavras "plágio", "cópia", "falta de criatividade" e irônias como "A diferença é que trocaram a Feist e colocaram uma máquina de lavar."

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