17 de jun. de 2009
Como produzir a publicidade politica?
Por
Vitório Tomaz
“O espetáculo não é um conjunto de imagens, mas uma relação
social entre pessoas, mediada por imagens”
Guy Debord – A Sociedade do Espetáculo - Aforismo 4
social entre pessoas, mediada por imagens”
Guy Debord – A Sociedade do Espetáculo - Aforismo 4
Do latim, publicidade significa tornar público, propaganda traduz-se por
propagar, logo fica nítido que, apesar do uso predominante por razões
mercadológicas, estas duas áreas de conhecimento humano, em sua essência,
têm um caráter público, em especial no que diz respeito a ser uma
ferramenta que torna acessível a informação, nem sempre clara aos
stakeholders.
Se de alguma forma existisse uma publicidade de função informativo-política,
ela seria justamente a de conscientizar os cidadãos sobre o poder de participar
ativamente na política. Em seu sentido original a política seria o espaço de
discussão sobre a gerência da polis. Devemos entender neste sentido que a
polis é um espaço complexo relacionado a outros ambientes externos, assim
como nos coloca Edgar Morin na teoria da complexidade, “onde tudo está de
alguma forma relacionado a tudo”. Sendo assim, a administração da polis de
maneira adequada deve englobar também a gestão das relações e ocorrências
do ambiente externo. Incluindo questões ligadas a ecosfera.
É neste momento em que surgem complicações, pois, para construir uma
publicidade e uma propaganda para a política nas megalópoles, onde se
aglomeram milhões de habitantes e naturalmente as relações se tornam
complexas, seria necessária a formação múltipla nas profissões. No que tange
a gestão principalmente, já que, para se obter uma compreensão do todo, seria
necessário o entendimento integral da discussão na polis e ainda um vasto
repertório sobre as ferramentas de publicidade e propaganda, para assim ter-se
condições de produzir uma mensagem que chegue aos diversos interessados.
Ainda neste sentido é necessário considerar o que Bakhtin aponta em seu texto
sobre Gêneros do Discurso, em razão de que “os gêneros são formados a
partir do repertório cultural de cada um, logo as mensagens que construiríamos
para dizer as mesmas coisas teriam as suas multiplicidades em razão do
tamanho da polis em questão”.
Se cada homem dispõe de 24 horas em seu dia, e que para dar conta da
publicidade política teria que estar atualizado sobre a linguagem da
comunicação e de como está a gestão política atualmente, constata-se que
dificilmente um homem conseguiria dar conta de tais atividades. Em especial
porque cada uma delas demanda uma série de outras, que geram uma
sociedade. Como por exemplo, a publicidade, que exige que se desenvolva ao
mesmo tempo, a política formatada em forma de networking, a incorporação de
outros temas e tendências do mundo em geral, a necessidade de uma
formação específica, discussões sobre sustentabilidade, novas tecnologias,
mídias sociais, além de uma concorrência enorme, que faz com que os
esforços destinados para se obter sucesso deva ser bem maior que o usual,
trazendo a necessidade de dedicação quase exclusiva à área para que se
obtenha uma formação saudável, entendendo como tal apenas a formação
técnica.
A partir destas argumentações, podemos dizer então que a função da
publicidade na política será talvez bem maior que a de se comprometer a
divulgar políticas públicas. Trata-se da troca de conhecimentos sobre
comunicação, de proposição aos políticos diversas maneiras de utilizar os
meios, enquanto que a comunicação se posicionaria como sendo o canal
apenas.
propagar, logo fica nítido que, apesar do uso predominante por razões
mercadológicas, estas duas áreas de conhecimento humano, em sua essência,
têm um caráter público, em especial no que diz respeito a ser uma
ferramenta que torna acessível a informação, nem sempre clara aos
stakeholders.
Se de alguma forma existisse uma publicidade de função informativo-política,
ela seria justamente a de conscientizar os cidadãos sobre o poder de participar
ativamente na política. Em seu sentido original a política seria o espaço de
discussão sobre a gerência da polis. Devemos entender neste sentido que a
polis é um espaço complexo relacionado a outros ambientes externos, assim
como nos coloca Edgar Morin na teoria da complexidade, “onde tudo está de
alguma forma relacionado a tudo”. Sendo assim, a administração da polis de
maneira adequada deve englobar também a gestão das relações e ocorrências
do ambiente externo. Incluindo questões ligadas a ecosfera.
É neste momento em que surgem complicações, pois, para construir uma
publicidade e uma propaganda para a política nas megalópoles, onde se
aglomeram milhões de habitantes e naturalmente as relações se tornam
complexas, seria necessária a formação múltipla nas profissões. No que tange
a gestão principalmente, já que, para se obter uma compreensão do todo, seria
necessário o entendimento integral da discussão na polis e ainda um vasto
repertório sobre as ferramentas de publicidade e propaganda, para assim ter-se
condições de produzir uma mensagem que chegue aos diversos interessados.
Ainda neste sentido é necessário considerar o que Bakhtin aponta em seu texto
sobre Gêneros do Discurso, em razão de que “os gêneros são formados a
partir do repertório cultural de cada um, logo as mensagens que construiríamos
para dizer as mesmas coisas teriam as suas multiplicidades em razão do
tamanho da polis em questão”.
Se cada homem dispõe de 24 horas em seu dia, e que para dar conta da
publicidade política teria que estar atualizado sobre a linguagem da
comunicação e de como está a gestão política atualmente, constata-se que
dificilmente um homem conseguiria dar conta de tais atividades. Em especial
porque cada uma delas demanda uma série de outras, que geram uma
sociedade. Como por exemplo, a publicidade, que exige que se desenvolva ao
mesmo tempo, a política formatada em forma de networking, a incorporação de
outros temas e tendências do mundo em geral, a necessidade de uma
formação específica, discussões sobre sustentabilidade, novas tecnologias,
mídias sociais, além de uma concorrência enorme, que faz com que os
esforços destinados para se obter sucesso deva ser bem maior que o usual,
trazendo a necessidade de dedicação quase exclusiva à área para que se
obtenha uma formação saudável, entendendo como tal apenas a formação
técnica.
A partir destas argumentações, podemos dizer então que a função da
publicidade na política será talvez bem maior que a de se comprometer a
divulgar políticas públicas. Trata-se da troca de conhecimentos sobre
comunicação, de proposição aos políticos diversas maneiras de utilizar os
meios, enquanto que a comunicação se posicionaria como sendo o canal
apenas.
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