7 de jun. de 2009
Outro filme da Nike: Take it to the next level
Por
Conceição
Sobre o post do filme da Nike com o L. Fabiano, insiro o comentário do Rafael e o filme a que ele se refere. "A crítica a vários jogadores cabe. Mas colocar o Fabuloso vestido de formiga, não sei não. E eu acho pouquissímo provável que fizessem esse comercial se o apelido dele fosse outro. Eu prefiro "Take it to the next level" a "Rala que rola". Gosto do comercial dirigido pelo Guy Ritchie com trilha do Eagles of death metal, banda paralela do Josh Homme (Queens of the stone age). O comercial mostra o que seria a vida de um jogador desde o time pequeno até o alge na seleção de seu país, no caso Holanda. O comercial mexe com a vontade de todo homem: ser jogador de futebol".
Comentários meus: o que é sensacional desse filme é a câmera subjetiva, que faz o telespectador viver a sensação de intimidade com os personagens e a vida "real" de um jogador de 1o time. Por ser um filme global, puro entertainment (ótima linguagem -logos), o problema é que ele gera essa fortissima identificação e faz um menino da periferia, por ex., realmente acreditar que pode ser um "star player". E é aí que o ethos desse filme é mais questionável que o do filme da fábula. Ali se apela ao didatismo, há uma distância e quem assiste sabe que é ele - L. Fabiano - que rala e ganha com isso. Tô gostando do debate porque só filmes criativos geram tantas leituras.
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2 comentários:
Eles conseguiram, todo o circo em um filme de 30s, eles conseguem afirmar todos os valores da nossa sociedade de consumo insustentável.
A parte de escrever no seio da moça é sem noção total.
Na verdade, o comercial do Luis Fabiano foge ao resto da campanha. Claramente aquilo é aplicável somente a ele, até porque cada torcedor acha que há outros atacantes que "ralam", mas não "rola" sequer convocações.
Com certeza há um número gigantesco de garotos das periferias de países subdesenvolvidos que sonham em brilhar em gramados europeus. Isso é muito bem retratado no filme Linha de Passe, de Walter Salles, talvez o filme de ficção que mais se pareça com um documentário sobre as periferias brasileiras.
A versão do diretor é realista na medida em que o jogador alcançou fama e dinheiro, então ele consome tudo o que não teve na infância, ajuda financeiramente seus familiares. E por outro lado, pode criar sonhos que provavelmente serão frustrados.
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