1 de abr. de 2009
Redes, Clusters, Comunas, Anarquistas
Por
Vitório Tomaz
Qual a diferença estrutural em se constuir uma rede, onde todos participam e colaboram, como é o caso da Saberes e Fazeres e outras organizações, entre constuir um cluster, onde se defende o interesse de pequenos grupos produtivos, onde não existe um grande patrão, mas sim sócios entre sí para viabilizar seu negócio, respeitando as condições locais, ou entre construir uma comuna, onde todos são responsáveis por gerir a comunidade em questão, dividindo as tarefas sociais e os beneficios sociais, e por fim entre criar um sistema Anarquista de auto gestão, gerido a base de comunas, que por sua vez possuem seus conselhos, que por sua vez cria um grande conselho para realizar feitos maiores, sem que no entanto este conselho maior tenha poder de deliberação sobre os outros?
Na verdade estas são estruturas extremamente semelhantes, para não dizer iguais. A diferença é como a comunicamos. Imaginem o que seria dizer a um pequeno empresário que ele vai precisar montar uma comuna de pequenas empresas para, através de um sistema anarco empresarial, lutar contra o monopólio de grandes empresas.
Fazer uma fala destas seria quase impossível, em especial para o nosso pequeno empresário que nasce com os olhos na fortuna do grande empresário e que, por sinal, acaba não alcançando 10% desta fortuna. A exceções são realmente excepcionais.
A diferença que existe é que o termo Anarquismo, que se batizou como proposta na época, apesar de estar semanticamente correto, foi facilmente queimado e mal visto devido a dificuldade em explicar o que significaria esta "ausência de leis", a da "contra-propaganda da oposição". Hoje, depois de mais de 200 anos da existência oficial da proposta de sistema, existem grupos organizados neste sentido, como o Black Bloc, que organiza as manifestações contra o G-20, mas no Brasil ainda é muito mal visto pois o termo costuma está aliado a baderna.
Já quando damos o nome de redes ou clusters, tudo fica muito diferente. Dai não parece que vão rolar demonios anarquistas comendo criancinhas. Fica um termo mais persuasivo, mas que não deixa de ser uma estrutura formada por pessoas e para pessoas. No entanto as pessoas não torcem o nariz e aceitam pacificamente. É certo que quando tratamos de Anarquismo aqueles que se sensibilizam tem, em geral, clareza do porque estão se mobilizando. Porém, podemos fazer as mesmas coisas com a gestão por redes, que em momento algum se torna diferente da proposta de autogestão.
O que quero dizer com isto é que não podemos continuar criando movimentos sociais que tenham como origem de sua comunição intelectualismos, precisamos dar caras mais populares para estes movimentos, eles precisam ser facilmente traduziveis, do contrário o que continuará acontecendo é que toda vez que tiver uma manifestação vermelha na Paulista, por mais bem intecionada que esteja, será vista como uma passeata de um bando de desocupados, que estão brigando ao invés de trabalhar.
Na verdade estas são estruturas extremamente semelhantes, para não dizer iguais. A diferença é como a comunicamos. Imaginem o que seria dizer a um pequeno empresário que ele vai precisar montar uma comuna de pequenas empresas para, através de um sistema anarco empresarial, lutar contra o monopólio de grandes empresas.
Fazer uma fala destas seria quase impossível, em especial para o nosso pequeno empresário que nasce com os olhos na fortuna do grande empresário e que, por sinal, acaba não alcançando 10% desta fortuna. A exceções são realmente excepcionais.
A diferença que existe é que o termo Anarquismo, que se batizou como proposta na época, apesar de estar semanticamente correto, foi facilmente queimado e mal visto devido a dificuldade em explicar o que significaria esta "ausência de leis", a da "contra-propaganda da oposição". Hoje, depois de mais de 200 anos da existência oficial da proposta de sistema, existem grupos organizados neste sentido, como o Black Bloc, que organiza as manifestações contra o G-20, mas no Brasil ainda é muito mal visto pois o termo costuma está aliado a baderna.
Já quando damos o nome de redes ou clusters, tudo fica muito diferente. Dai não parece que vão rolar demonios anarquistas comendo criancinhas. Fica um termo mais persuasivo, mas que não deixa de ser uma estrutura formada por pessoas e para pessoas. No entanto as pessoas não torcem o nariz e aceitam pacificamente. É certo que quando tratamos de Anarquismo aqueles que se sensibilizam tem, em geral, clareza do porque estão se mobilizando. Porém, podemos fazer as mesmas coisas com a gestão por redes, que em momento algum se torna diferente da proposta de autogestão.
O que quero dizer com isto é que não podemos continuar criando movimentos sociais que tenham como origem de sua comunição intelectualismos, precisamos dar caras mais populares para estes movimentos, eles precisam ser facilmente traduziveis, do contrário o que continuará acontecendo é que toda vez que tiver uma manifestação vermelha na Paulista, por mais bem intecionada que esteja, será vista como uma passeata de um bando de desocupados, que estão brigando ao invés de trabalhar.
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